Gênio criativo e empreendedor por trás da invenção da Pixar, empresa de animação mais bem sucedida do mundo, o criador da Apple deixa um legado incomparável. Steve Jobs não criou apenas gadgets, filmes ou entretenimento. Ele fez tudo isso e, mais, tornou as coisas mais confusas. Tão confusas quanto separar "criativo" de "empreendedor".
Porque Jobs transformou o mundo como conhecemos e ajudou a criar toda uma nova linha de negócios, sem a qual esse mundo formidável que conhecemos onde eu e você trocamos idéias por aqui, certamente não existiria. Não, Steve não foi o único, mas foi determinante de muitas maneiras diretas e indiretas. De uma forma ou de outra, se reinventou e recomeçou tantas vezes e criou tantas possibilidades que acho que jamais teremos uma idéia completa de como deveríamos lhe ser gratos. A morte de Jobs torna desafiador entender como ele nos ajudou fazendo algo tão simples quanto se dedicar ao que gosta, digo, ama:
"A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar".
Entre esses recomeços, estava o "remédio com gosto horrível" que foi a saída de Jobs da Apple. Isso o levou a deixar de ser um empreendedor bem sucedido para voltar a ser alguém sem nada. Nós sempre vemos a perda como um fim, mas ele viu como um meio. Uma forma de voltar a fazer sucesso. Em 1995, a empresa lançava Toy Story, a primeira animação feita por computador. A primeira de muitas, como a minha favorita: Os Incríveis.
E eu e você ainda tentamos entender o que aquilo significou na trilogia recém-acabada. Repare, aquele pequeno passo foi só mais um de uma vida breve, intensa e absolutamente repleta de situações onde um gênio faminto por inventar, criou.
Lembre-se: até então, quando a gente falava de animação a palavra "Disney" soava como a única palavra reinante nesse mundo de sonhos. A Pixar nos mostrou que havia outras direções e outros rumos. Quantas pessoas choraram com Toy Story 3? E Up? Talvez mais gente que chorou por Jobs.
Todos os homens são ambíguos e contraditórios. Jobs não era santo, também teve seus pecados e a Apple tem muitas histórias evils com sua assinatura para contar. É dever da sociedade e do Estado legislar e impedir que isso afete negativamente os negócios que seu fundador criou. O que também é dever de todos é querer sempre se olhar no espelho e perguntar se você está feliz com o que faz. E questionar o que mudar quando dizemos "não" muitos dias.
Quantos de nós fazemos isso?
A mudança é a mãe do futuro. Uma mãe com muitos pais e mães. Jobs foi um deles. Não podemos agradecer a ele por cada pedaço desse universo digital que usamos. É muito "obrigado" para pouca ação. Mas podemos sim pensar em como suas palavras e ações podem nos ensinar a viver nossa vida melhor.
Pense nisso. E lembre-se sempre: Stay hungry. Stay foolish.
Leia também - Steve Jobs e Pixar: uma parceria de sucesso e O legado de Steve Jobs para o cinema
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