Tão lembrados quando noticiei o lançamento dessa revista AQUI? Pois então, nosso leitor Ary Santa Cruz Netto nos mandou sua resenha dessa HQ que realmente é legalzinha (e a única desses 4 títulos da DC pela Abril que vale cogitar a compra). Confira ai.
Quando soube que a Abril ia relançar as HQ´s de Super-heróis em formatinho, só me empolguei pela revista do escoteiro azul: cinco histórias do personagem adaptadas do já clássico e ótimo desenho da década de 90 e, tão bom quanto, com roteiros de Mark Millar, de Kick-Ass e Procurado. Mesmo sendo tão cara quanto qualquer publicação de hoje em dia (R$ 7,95 dói no bolso de todo mundo) a edição, pelo menos essa primeira, vale cada centavo.
A história que abre a revista se chama Os (quase) melhores do mundo (que deveria ser o novo desse site, aliás...) e mostra o Chapeleiro Louco transmitindo para toda Gotham um desafio para a Morcega: se não entregar seu capuz até a meia noite, o milionário que está amarrado a sua frente, Bruce Wayne, será assassinado. Que coisa, não? Entrando de gaiato na história, o azulão se alia a Batgirl para tentar descobrir o paradeiro do vilão, mas logo descobre que seus métodos de escoteiro são difíceis de serem praticados em uma cidade mais suja como Gotham...
Já na segunda história, o mister Mxs... Mxyzplit... Mxyptlk (tive que copiar essa porra de nome do google), que vem de outra dimensão e enfrenta o Super de três em três meses, decide voltar no tempo e convencer o jovem Clark a nunca adotar a identidade do herói. Para quem conhece a rivalidade dos dois, em que o Homem de Aço sempre precisa descobrir uma forma do duende dizer seu nome ao contrário, pode parecer um plot interessante, mas a história, embora cumpra bem seu papel (é melhor do que praticamente TODAS AS HISTÓRIAS lançadas na revista regular do herói nos últimos dez anos, no mínimo) poderia ser melhor.
"Jimmy Olsen contra Darkseid" mostra o Super trocando de corpo com o repórter adolescente. Preso no corpo do rapaz, o herói é levado para Apokolips, enquanto Olsen aprende a usar os poderes kriptonianos para salvá-lo. Novamente, ate pelo Plot, não é um primor da arte sequencial, mas é divertida (principalmente quando o Jimmy usa, "sem querer", a visão de Raios-X em Lois).
A última história da revista mostra Bizarro voltando a terra, junto com o Lobo, para sequestrar Lois Lane para ser sua esposa. A típica história "desculpa para porrada" entre o escoteiro e o maioral. E só. Não, ainda falta falar de uma história, a terceira e melhor da revista: Quanto ódio pode um homem carregar. Na trama, Luthor cria um novo herói com poderes e uniforme parecidos com o do Super, e que rapidamente o substitui. A trama da Hq não é nem o que importa, mas sim o seu desfecho, que mostra, em uma metáfora visual muito boa, como o vilão se sente em relação ao herói, e porque o detesta: em uma enorme janela, Luthor vê o herói acima das nuvens, enquanto em um quadro de fala, vemos um diálogo seu, em suas lembranças da infância: "não vou descansar até que todos olhem para cima, me admirando".
Enfim, as cinco histórias contidas na revista são muito boas e adaptam perfeitamente o teor do desenho. Por cada uma ter cerca de vinte páginas nem todas são tão bem desenvolvidas quanto um episódio, mas dão pro gasto. E como mencionei no parágrafo anterior, só essa história do Lex Luthor já vale toda a revista.
Em tempos de "Relaunch" e modificações que só confundem ainda mais personagens e leitores, são histórias como as contidas em As Aventuras do Superman número 1 que nos lembram que o importante não são mudanças drásticas e radicais no visual ou na essência de um personagem, mas sim bons e inspirados roteiros que fazem a diferença.
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