
E, enfim, chega às telonas o filme mais esperado da Marvel nos cinemas. E quer saber? Thor é um ótimo filme.
Sempre curti mitologia, e foi o personagem da Marvel que me fez ficar apaixonado pela nórdica. Thor sempre foi um dos meus personagens favoritos na Marvel. Lembro que anos atrás eu, Ultra e Change éramos três nerds fodidos estudando na faculdade (hoje somos três nerds formados e fodidos) e assistimos Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei imaginando como seria um filme do deus do trovão naquele estilo épico. Já na época eu achava que seria melhor um improvável filme totalmente ambientado em Asgard com batalhas contra trolls e gigantes de gelo ao invés do óbvio - e inevitável - filme em nosso universo.
Quando Keneth Branagh foi escolhido como diretor já me empolguei. O cara é famoso por adaptações shakesperianas para o cinema como ator e diretor. Um diretor até atípico para um filme comercial, mas que poderia tornar Thor algo mais do que a gente anda vendo.
Paulo Ramos, do ótimo blog dos Quadrinhos, considera que Thor repete a fórmula de Homem de Ferro. Eu respeito, mas discordo. Vejo que Branagh simula talvez outro clássico dos filmes de heróis: Super-Homem.

A Ponte Arco-Íris
Thor não se compara à produção de Richard Donner & Christopher Reeve, mas aposta em alguns conceitos que sempre achei que faziam do maior filme de super-heróis ótimo. O protagonista aparece boa parte do filme sem superpoderes, várias vezes parece ser uma história de humor (especialmente pelos coadjuvantes como a interpretada por Kat Dennings) e, é claro, o romance com uma anti-heróina estressada. Lois Lane bebia suco de laranjas, Jane Foster (Natalie Portman) atropela o herói, o segue em caminhos improváveis...
Em boa parte do tempo, Thor consegue ser um filme com ótima densidade dramática e com atuações muito além do óbvio. Chris Hemsworth está confortável no papel de um deus nórdico que precisa amadurecer. Possivelmente, Branagh fez um ótimo trabalho com os atores porque mesmo quando contracena com Natalie, Hemsworth não faz feio. Pelo contrário, cresce e aparece bem.
Mas é com Tom Hiddleston que Thor se mostra um filme diferente. Seu Loki é um tipo de vilão diferente, com quem conseguimos nos identificar e até, em alguns momentos, torcer a favor. Algo muito, mas muito distante do que a gente viu com o general Ross de todos os filmes do Hulk, por exemplo.

O roteiro de Thor tem dificuldades de mostrar a parte em que o deus está na Terra. Em alguns momentos fica difícil acreditar que em dias um imortal mudaria tanto. Não seria difícil uma passagem de tempo que amenizasse isso, mas é um pecado pequeno - ainda que imperdoável - em um filme tão divertido. Ao contrário de Superman Returns, por exemplo, Thor não abre mão das cenas de ação, mesmo nos momentos mais vulneráveis do personagem. O roteiro possui colaboração de J.Michael Straczynski e outros seis nomes que acertam ótimas referências quadrinísticas sem deixar o filme sem sentido para quem não lê quadrinhos.
É chover no molhado repetir isso, mas Branagh tem boa parte dos louros nesse sucesso. Thor pode não ser um filme tão bom quanto X-Men 2, Batman: The Dark Knight ou Super-Homem. Mas é um filme bem melhor do que os últimos do gênero que estamos vendo e, talvez, do que veremos este ano. A conferir.
Nota: 9
Bugman é um nerd fodido
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