O MdM foi convidado pruma pré-estreia do remake de The Evil Dead.
Como nenhum dos outros vagabundos poderia ir, fui lá conferir a nova versão do clássico trash.
32 anos depois do original, os produtores Sam Raimi, Bruce Campbell e Rob Tapert resolveram que estava na hora de recriar sua obra-prima. E coube ao uruguaio Fede Alvarez dirigir uma abordagem massavéio do clássico oitentista.
Na nova história, David, Eric, Mia, Olivia e Natalie (juntem as iniciais e vejam que criativo!) resolvem ir pra uma cabana caindo aos pedaços que fica depois de onde o vento faz a curva pra ajudar a jovem Mia a se livrar das drogas.
Sim, é um plano idiota, eles são pós-adolescentes idiotas e cometem muitas idiotices ao longo da trama (como invocar o demônio sem querer, por exemplo). Mas eles não seriam boas vítimas de filme de terror se não fosse por isso.
O cramunhão passa a possuir a jovem Mia, apronta as maiores confusões na pequena cabana e daí por diante é só acompanhar a sanguinolência.
Recheado de homenagens ao filme original, A Morte do Demônio segue por um caminho bem diferente, principalmente graças à nova representação do personagem-título.
Enquanto no filme antigo tínhamos uma espécie de “espírito zombeteiro”, que estava mais preocupado em sacanear suas vítimas do que em mortes cruéis, agora o coisa-ruim é sádico mesmo, matando lentamente só pelo prazer de machucar ainda mais as vítimas.
Essa é a deixa para algumas cenas bem nojentas e criativas de mortes, mutilações e castigos corporais diversos (de falar “ai, essa doeu mesmo!”). Pena que não se pode dizer o mesmo dos sustos (quase todos prevísíveis e sem graça) e da caracterização dos personagens.
Tudo bem que personagens de filme de terror são burros, mas esses exageram demais, como já mencionado ali em cima. Chega-se ao ponto de torcer pro demônio matar logo a cambada toda pra que a projeção acabe logo.
Nesse momento, o sadismo do demo joga contra o filme, já que as mortes parecem demorar muito pra acontecer. Em determinada ponto, a trama parece estar se arrastando pra ganhar tempo, o que é ainda pior se considerarmos que o longa tem apenas 90 minutos.
Pra quem esperava encontrar uma nova tosqueira no cinema, a qualidade técnica da produção é surpreendente. Particularmente, acho que isso tirou boa parte do charme que achei que uma obra com esse título teria.
É um filme com muita sanguinolência massavéio e que deve agradar à gurizada dos tempos atuais, mas não me parece ser um filme que será lembrado daqui a alguns anos. Se você não for muito fã do gênero ou da obra original, vale esperar chegar na TV ou na Locadora do Ultra mais próxima de você.
Vamos torcer para que pelo menos isso dê moral e grana pros produtores resolverem fazer a continuação de Uma Noite Alucinante 3, com o Ash coroa e tudo mais!
Nota: 6