Hoje vamos conferir um clássico do Giallo, o gênero de filmes italianos povoados por assassinos misteriosos.
O Estripador de Nova York – também conhecido como O Esquartejador de Nova York – acompanha os esforços de um detetive e um psicólogo que são desafiados por um cruel serial killer de mulheres em Nova York. A característica mais perturbadora do psicopata é a sua voz distorcida que imita a de um pato…
E pior! Mesmo que não nunca se fale abertamente é a voz do Pato Donald que ele está imitando. HAUHAUHAUHAUHA!!!!!

Cara, o que pode ser mais cruel do que ser torturado e morto ouvindo essa voz? KKKKKKKKKKKKKKK
Conforme os crimes vão se sucedendo os investigadores vão traçando um perfil psicológico do Pato, isto é, do assassino. E o diretor Lucio Fulci recorre a muita violência gráfica e cenas que beiram a pornografia para evocar as taras não só do criminoso, mas também de outros personagens.
O cineasta e sua equipe gravaram o longa metragem em tempo recorde em Nova York mesmo. O filme foi mal recebido pela crítica que o viu como um ponto baixo da carreira de Fulci e um afastamento da elegância dos melhores giallos para uma obra cruel e pervertida. Quando fiz o Especial dos Filmes Malditos cheguei a citar as acusações de misoginia que também recaíram sobre a produção.

Importante avisar que a produção realmente tem cenas pesadas de nudez e violência explícita, que hoje em dia o filme não chocam tanto exceto por duas cenas – uma de “sexo” numa mesa de bar e uma detalhada tortura próxima do final – e pelo desfecho surpreedente. E a forma como esse final se encaixa no resto da trama invalida qualquer acusação de misoginia da parte do diretor.
Inclusive, uma das últimas sequências é de quase partir o coração de tão triste, causando um baita contraste com todo o clima de sexo e violência do resto da história, que mais deixam a trama arrastada do que qualquer coisa, porém compensam bastante na última parte.