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A gente lemos: DC Dark #1, da Panini

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E um mês depois dos primeiros números dos Novos 52 a Panini enfim começa a colocar nas bancas as edições #1 das linhas Vertiguinho e Wildstormzinho da DC…

Eu bem que queria resenhar as revistas Dark e Edge juntas (num post intitulado “A gente lemos: Borda Escura da DC”) mas não deu. A demora na distribuição tá de doer. Se bem que fazendo dois posts eu fico mais perto de cumprir minha defasada cota mensal de trabalho aqui no MdM, então tá tudo beleza.

A Liga da Justiça Dark. O Ressurreição. Homem Animal. Monstro do Pântano e Eu, Vampiro. A linha Vertiguinho da DC. Sim senhores, assim como as HQ’s que compõe o mix de DC Edge tem cara de material da Wildstorm mas não são, as HQ’s de DC Dark tem cara e focinho de HQ’s da Vertigo, mas não são. Estão na borda escura no universo brilhante dos supers da editora, mas sem colocarem, de verdade, os pés no universo realmente dark dela, o universo Vertigo. É quase como se fosse um selo Vertigo para adolescentes – ou Vertiguinho.

Tudo isso pode fazer parecer que DC Dark é uma bela merda, né? Pombas, mas não é!

De longe, anos-luz de distância, é a melhor revista mix dos Novos 52 que a Panini colocou nas bancas. Duvida? Vamos a um pequeno review de cada edição contida no mix:


Liga da Justiça Dark
Bem, tanto a LJD quanto o Homem Animal eu já tinha lido na Importadora do Falecido, daí não tive grandes surpresas. Sim, a história em si não é nada demais, apenas uma daquelas feitas para apresentar os personagens e só. Aquele veeeelho expediente de ir apresentando cada membro numa ceninha curta, e depois inserindo-os na ação. Não serve pra mostrar a que veio, mas também não compromete. De ponto negativo, eu sigo achando estranha a presença de John Constantine num super grupinho (mesmo ele já tendo “feito parte” de um outro super-grupo, a Brigada dos Encapotados) e não sei se gosto da arte digitalesca que o gibi tem (ela fica bem legal no embate entre a Liga e a Bruxa, mas estranhíssima nas muitas mortes de June Moone).


Homem Animal
Pra mim, o ponto alto da revista (apesar da arte meio troncha). Ao contrário do primeiro número de Frankenstein, com Buddy Baker e sua família, Jeff Lemire consegue segurar a peteca, e seu número de estréia é estranho o suficiente para ser muito instigante. Afinal de contas, o que está acontecendo com o Homem Animal e, principalmente, com Maxine Baker?
Na real? É um daqueles gibis que você fica na espera da próxima edição pilhado!


Ressurreição
Personagem que eu conheci pelas mãos de Grant Morrison em DC Um Milhão, Ressurreição (juro que a repetição de sons foi acidental) protagoniza o elo fraco da revista. Uma trama de apresentação boba, com um monte de clichês (oras, onde foi mesmo que eu já vi enviados do Inferno na forma de garotas ultra-sexys? Ou anjos ambiguamente pouco angelicais?). A aparição de Madame Xanadu no fim da HQ pode sugerir alguma interlocução com o título da Liga Dark. Ou não, muito pelo contrário.


Eu, vampiro
A grande surpresa da edição. Não, não se trata de um clássico do gênero, já tem lá suas influências dos vampirinhos pós-Prepúcio (“o sol só nos deixa fracos”) e um certo “Q” de Blade caucasiano, mas é legal. A trama está bem conduzida, tem ritmo de cinema inteligente (é, porque a afirmação “ritmo cinematográfico” virou sinônimo de ação desenfreada) e entretém. Dá bem vontade de acompanhar e saber como o protagonista vai escapar da cilada, bino, em que se enfiou.


Monstro do Pântano
Diferente das outras HQ’s que compõem o mix, Scott Snyder não começa sua trama apresentando os personagens – se você for um leitor novato, vai gastar um tempinho até perceber uma menção ao Monstro. E ela vai acontecer de maneira tranquila, com o problema da trama já estabelecido. O aparente “vilão da vez” deixa a impressão de que o Monstro do Pântano e o Homem Animal vão se trombar em breve, e a presença de Superman, Batman e Aquaman (assim como na revista da Liga Dark) serve pra você ter certeza de que tudo está se passando no mesmo mundo, sem pegadinhas. E que, apesar de ser um mega-repórter premiado, Clark Kent não saca nada de biologia, afinal de contas, rola uma zica com os animais do mundo e o que ele faz? Procura um botânico cujo alter-ego controla as plantas! Porra, Super, perdeu o número do Homem Animal, foi?

No fim, DC Dark vale bem a pena. Histórias interessantes, que te fazem ficar com vontade de comprar o próximo número. Vamos ver por quanto tempo.

DC Dark, revista mix, Panini Comics, 108 páginas, R$ 8,99.

Nota: 8



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