
Dando continuidade a "saga" do Top dos Tokusatsu exibibidos no Brasil vamos a parte mais polêmica da lista. A idéia era publicar as sexta-feiras, como isso acaba entrando no horário do podcast vou procurar encerrar logo esta semana as três partes.
8 - Esquadrão Relâmpago Changeman

Gênero: Super Sentai
Ano de Produção: 1985 a 1986
Tal qual Maskman, Changeman segue a linha padrão dos Super Sentai narrando a história de cinco amigos recrutados por um comandante militar, aqui o Sargento Ibuki (na realidade um alienígena refugiado na Terra), que após um rígido treinamento despertam uma misteriosa energia emanada das entranhas do próprio planeta e conhecida como Força Terrena. Ela os transforma no Esquadrão Relâmpago Changeman e os capacita a enfrentar a invasão do Império Gozma, liderado pelo Sr. Bazoo, que é representado por um torso flutuando no espaço.
O grupo dos Changeman era formado cada por Tsuruji (Change Dragon), Hayate (Change Griphon), Ozora (Change Pegasus), Mai (Change Phoenix) e Sayaka (Change Marmeid), cada um deles distinguido por um animal mitológico (provavelmente haveria uma ligação entre tais animais e a Força Terrena, mas isso não foi explorado no programa) e o grupo dos vilões contava com o Comandante Giluke, o Pirata Espacial Buba, Princesa Shima (e sua bizarra voz de homem), Gata e Gyodai, o carismático "monstro aumentador de monstros", algo inédito em séries Sentai até então, assim como a bazuca que os destruía quando ainda pequenos. No meio da trama surgem a Rainha Ahames disputando a ldierança com Giluke e infernizando os heróis e a menina Nana, do Planeta Technolíquel, cujo poder misterioso, a Aura Energética, vira alvo constante de Gozma.
Changeman é uma boa série, tem uma metáfora bacana sobre a guerra. Todos os vilões são ex-inimigos do Império Gozma que se uniram ao Sr. Bazoo para que ele não destruísse sua Estrela Natal (em vez de Planeta Natal, provavelmente um erro de tradução bizarro). O próprio Esquadrão Relâmpago é formado só por militares que vivem numa base repleta de técnicos, mecânicos e assistentes e, conforme os capítulos se sucedem, alguns dos vilões se aliam aos Changeman contra Bazoo. Fez muito sucesso no Japão e, talvez, mais ainda no Brasil onde ninguém nunca tinha visto um Super Sentai e garotada ficou maravilhada com as naves dos heróis que se uniam para formar o gigantesco Change Robô.
Mas Changeman não é nem de longe uma série perfeita. Revi ela junto com outro Sentai, Flashman, uns anos atrás e as discrepâncias saltaram a vista. Em Changeman o foco é extremo demais no Change Dragon (que independente de ser meu chefe é um ótimo personagem, ainda que ingênuo), ele rouba a atenção em episódios que deveriam ser dedicados aos demais. Só lembrar do capítulo em que Sayaka constrói uma "mochila voadora" (semelhante ao foguete do Lion Man) e todos desdenham dela, menos Tsurugi que não só a incentiva como surge com a mochila salvando Mai, Hayate e Ozora que estavam IMPLORANDO POR SUA VIDA AO INIMIGO! Além disso, justamente por terem um histórico de mudar de lado em sua relação com Bazoo, os vilões se revelam bem mais complexos e humanos e roubam a cena dos heróis. No últimos capítulos o interesse é todo jogado na disputa interna entre Ahames e Giluke, no drama da Família Gata e na fantástica morte do Buba, que planeja seu próprio sacrifício num duelo contra Dragon para salvar Shima, revelando-se pra muitos o melhor personagem da série.
Como se não bastasse tudo isso, os Changeman ainda viravam coadjuvantes de outros personagens que surgem em capítulos pra encher linguiça (e Changeman é uma série que enche muita linguiça), com destaque para a insuportável Nana. Insuportável nem tanto pela personagem em si (vivida por duas atrizes diferentes no decorrer da história), mas por se tornar quase a protagonista da série sempre que dava as caras. Tanto que deram um jeito da Aura Energética, que ela devia emanar apenas uma vez na vida e que aumentou os poderes de Ahames, ser conseguida uma segunda, num ritual para transformar Giluke, então na forma de Fantasma Giluke (seu melhor momento no seriado) em Super Giluke (uma bichona!).
Minhas melhores lembranças de Changeman são aqueles episódios de tramas fechadas, mas consistentes e emocionantes, geralmente envolvendo Tusurgi ou Ozora (por mais que ajam fãs de Hayate, Sayaka e até da Mai pra mim só o Ozora conseguiu quebrar um pouco a hegemonia do vermelho) com personagens interessantes que infelizmente ficaram pouco tempo, como Tarô, O Enviado do Planeta Atlanta, Zole e Walage, a mulher e o filho de Gata, O Menino Desafinado, O Cavalo Pegasus Ayra, A Menina do Arco-Íris etc.
Mas pra esses bons momentos também haviam bobagens que só mostram que o seriado não envelheceu bem como Shima revelando ter voz de homem porque sua ama de leite era um monstro e Tsurugi lembrando que matou um cara jogando beisebol. Sem contar o final com uma idéia excelente (Sr. Bazoo era uma planeta vivo no melhor estilo Mogo, o Planeta Lanterna Verde) mal desenvolvida devido aos recursos técnicos ineficientes dos anos 80, mesmo pra uma produtora como a Toei. Lembro de como todo mundo ficou decepcionado quando esperava ver no último episódio a grande batalha final e teve que se contentar em ver os Changeman batendo numa parede de papel celofane. Sei que muita gente no Brasil acha Changeman o supra sumo do Sentai e vai dizer que os erros que eu apontei são comuns, mas a verdade é que olhando num contexto a série anterior e a posterior, Bioman e Flashman, são melhores, especialmente na caracterização dos heróis-título.
7 - Lion Man Branco

Gênero: Lion Man
Ano de Produção: 1972 a 1973
Já no primeiro capítulo de Lion Man Branco (Kaiketsu Lion Maru) conhecemos a história do jovem espadachim Shishimaru que se transforma num homem-leão graças a sua espada mágica (que lhe foi ofertada por seu mestre, o velho Kashinkoji) e, ao lado de Saori e do garoto Kosuke, viajam pelo Japão Feudal enfrentando o exército do terrível Diabo Gôsun (que a dublagem brasileira malandramente chamava de Satã Goss!) com ajuda de seu cavalo voador e seu rival, Jônosuke Tora, o Joe Tiger, contratado por Gôsum para matá-lo, mas que muda de lado no decorrer da história. A série, bastante influenciada pelos westerns, fez muito sucesso no Japão e rendeu uma continuação, conhecida no Brasil como Lion Man ou Lion Man Laranja (Fuun Lion Maru), estrelada pelo MESMO ATOR que fazia o Lion Man Branco, Tetsuya Ushio., interpretando agora o espadachim Dan Shimaru.
Explicação: Lion Man Laranja passou primeiro no Brasil fazendo certo sucesso na Manchete, que motivou a emissora a comprar a série antecessora, a qual exibiu incompleta. Causou confusão também as trocas da dublagem. O Lion Man Laranja começou dublado pelo Nelson Machado, passando depois para o Leonardo Camilo, mas Nelson Machado retorna depois fazendo a voz de outro personagem. Em meio a esta série, o Lion Man Branco fez uma participação especial dublado pelo Líbero Miguel. Depois, durante a exibição de seu próprio seriado, o Lion Man Branco começou dublado pelo Leonardo Camilo e em seguida passou a ser feito por Alexandre Reinecke. Agora, uma conclusão, tirada com a distância do tempo: Lion Man Branco é uma ótima série e Lion Man Laranja é bizarra!
Lion Man Branco foi criado pela P-Prodctions, a mesma produtora de Spectreman, ou seja: sinônimo de baixos recursos e muita imaginação. Mesmo com monstros que não chamavam a atenção em nada e uma máscara como única mudança visível da metamorfose do herói (mas que esteticamente era bem mais bonita que sua sucessora), a série tinham um tom sombrio e maduro, com uma violência desconcertantemente realista. Lembro ainda de quando era criaça e fui a loucura com o capítulo onde o herói LEVA UM TIRO NA HORA EM QUE EXECUTA A TRANSFORMAÇÃO! Por que ninguém nunca pensou nisso antes?
Aquele clima de fantasia mesclado com o sanguinário Japão Feudal tinha um potencial incrível e uma densidade psicológica ímpar nos tokusatsu. Existe um episódio que também me marcou quando Lion Man Branco mata uma vila inteira de pessoas inocentes porque um ilusão o enganou e o fez pensar que eram soldados de Gôsum.
A trama cheia de reviravoltas chega de forma espetacular até o último capítulo com a morte dos heróis e só não ganha uma posição melhor no Top pelos efeitos precários. As asas do pegasus eram bem toscas, por exemplo, mas o resultado final acabava ficando bacana pra uma produção dos anos 70.
Uma tragédia infelizmente ocorreu no mundo real durante o programa. Tetsuya Ushio e Kôji Tonohiro, que interpretava Joe Tiger, estavam até tarde da noite tomando uns saquês numa hospedaria próxima ao local das gravações. Tetsuya retirou-se pra ir dormir pois ia gravar no dia seguinte, mas Kôji ficou por lá e, já embriagado, tentou alcançar o banheiro do local através de um corredor escuro. Foi quando caiu sobre a porta de vidro da banheira e sofreu um corte profundo no abdômen, morrendo devido a hemorragia. Como já estavam gravando os últimos capítulos o papel de Joe Tiger passou para o ator Tomotake Fukushima, que reviveria o personagem também na segunda série.
Infelizmente a continuação Lion Man Laranja foi bem equivocada, o protagonista ficou com um visual bem mais próximo de um "bicho de pelúcia", passou a prender a juba com um capacete e inventaram aquele maldito foguete (substituindo o pegasus) que não tinha nada a ver com a história! Essa segunda série não fez o sucesso esperado, em parte também por profundas modificações na índole do protagonista que, de um lutador implacável e honrado passou a ser um cara mais comedido e sensível, o que rendeu a famosa cena onde Joe Tiger volta da morte só pra chamar o Lion Man Laranja de viado. HUAHUAHUAHUAHUAHA!!!!!!
Em 2009 surgiu uma terceira série, Lion Man G, o que me motivou a considerar a franquia Lion Man um subgênero próprio dentro dos tokusatsu assim como os Ultra e os Kamen Rider. No novo seriado finalmente capricharam no visual, mas a trama é no mínimo inusitada. Protagonizada por um gigolô covarde (!?) que é a reencarnação do Lion Man Branco original, é repleta de cenas de putaria e dizem que tem um humor tão pesado que faria os comentaristas do MDM corarem de vergonha. Basta dizer que tem uma cena o (anti-)herói se transforma em Lion Man pra comer uma mulher!
6 - O Fantástico Jaspion

Gênero: Metal Hero
Ano de Produção: 1985 a 1986
A série conta história de Jaspion, um extraterrestre órfão criado pelo místico Edin num planeta distante e destinado a encontrar o misterioso Pássaro Dourado, única forma de deter o gigantesco Satan Goss (o autêntico!) que quer governar o universo estalecendo o Império dos Monstros, os quais o vilão tem o poder de enfurecer (como o narrador sempre lembrava) transformando-os em feras assassinas. Após algumas aventuras pelo espaço e outros planetas na nave-robô Daileon, Jaspion e suas companheiras, a andróide Anri e a monstrinha de estimação Mya, o herói chega a Terra e aqui encontra seu arquiinimigo: Macgaren, o filho de Satan Goss.
Jaspion foi a série metal hero que sucedeu a Trilogia dos Detetives Espaciais e é um daqueles fenômenos difíceis de explicar: foi considerado um fracasso no Japão, sendo completamente esquecido, mas fez um imenso sucesso no Brasil, onde se tornou se tornou ícone da cultura pop e virou sinônimo de herói japonês. O mais bizarro é que tais fatos surpreendem tanto os japoneses quanto os brasileiros. Talvez o mais perto de uma explicação plausível seja que Jaspion representa para os brasileiros o mesmo que Gaban para os japoneses: o primeiro metal hero, a série onde um herói (quase) solitário veste uma armadura estilosa e pilota uma nave que vira robô, além de fazer uso de todo tipo de equipamento a lá Star Wars.
Numa revisão após tanto tempo e contextualizando a época em que foi feita concluímos que Jaspion é melhor do que Gaban (basicamente por ter feitos mais desenvolvidos e um tom menos infantil nos episódios) mas ainda assim não é o máximo do máximo que eu e tantos outros pensávamos quando éramos crianças. Assim como Changeman, Jaspion envelheceu mal em alguns aspectos. A história principalmente. O seriado pode ser facilmente dividido em cinco fases diferentes. Nos três primeiros capítulos (pra mim os piores) só vemos o herói vagando pelo espaço em planetas desconhecidos onde Satan Goss sempre dá um jeitinho de aparecer e causar encrenca, embora NUNCA se explique como o vilão voa através do espaço sideral. Tirando a primeira aparição do monstro Namaguederaz no episódio 3 nada ali é relevante e tudo parece uma grande encheção de linguiça.
Talvez devido a baixa repercussão no Japão dos anos 80, logo acontece uma grande reviravolta e no episódio 4 Jaspion vem a Terra em busca da Bíblica Galáctica, que contaria o segredo de como se livrarem de Satan Goss. É quando surge um homem misterioso que logo ficamos sabendo que é Magaren, o qual usa uma armadura semelhante ao Jaspion, mas quase toda preta. Também aparece o Boomerman, um agente da Interpol especialista em bumerangues (!) e rival de Macgaren, que matou seu irmão. Mesmo assim muitos dos episódios parece que não se encaminham pra lugar nenhum. Existe o boato de que por Hikaru Kurosaki (ator que vivia Jaspion) estar ocupado numa peça de teatro, seu colega Hiroshi Watari (ator do Boomerman e que já era um nome consolidado no gênero) iria pouco a pouco a substituí-lo como o herói principal (semelhante ao que houve na transição das séries Gaban e Sharivan), mas Hiroshi Watari se machucou e teve que se afastar da produção definitivamente. Inclusive, acho que no seu último episódio ele aparece mancando, enquanto que o Jaspion só aparece transformado o tempo todo, ou seja, era só o dublê de Hikaru Kurosaki ali, pois ele nunca vestiu a fantasia da armadura Metaltex.
E a trama só começa pra valer lááá no episódio 15 quando Jaspion e Macagaren conhecem o Professor Nambara, único que já avistou o misterioso Pássaro Dourado e finalmente o protagonista descobre que só quem pode vencer Satan Goss seria o Pássaro, embora os produtores claramente ainda não soubessem como ele faria isso. Tudo começa a girar em torno da busca de todos os personagens pelo Pássaro Dourado, enquanto Macagaren recruta cada vez mais mercenários galácticos pra derrotar seu oponente, o qual odeia cada vez mais. Um deles, o andróide "exterminador do futuro" Zampa, revela-se um velho conhecido dos pais do herói, e os dois tem uma luta incrível. No episódio 29, após um duelo com Jaspion, Macgaren morre, mas como não dava pra ficar sem ele, o vilão é ressuscitado pela Bruxa Kilza .
Já no episódio 35 nova mudança de rumo do seriado. Agora o Pássaro Dourado irradiou 5 crianças (entre elas a filha do Prof. Nambara pra economizar elenco) e agora todos passam a correr atrás das tais crianças, deixando o coitado do Pássaro em paz. Já Kilza, uma das maiores vilãs de tokusatsu (Berebekan Katabamba, Berebekan Katabamba), infelizmente encontra seu fim precoce, sendo prontamente substituída por sua pouco carismática irmã Kilmaza. No episódio 43, os produtores decidem radicalizar já que o programa não tinha dado certo como queriam mesmo. Satan Goss sofre uma metamorfose deixando de ser cosplay do Darth Vader pra ser cosplay do Chutullhu com cara de morcego (mudança que eu particularmente adorei, mas muitos garotos não curtiram) e chamando-se de Poderoso Satan Goss. O vilãozão mais poderoso que nunca enfim leva a cabo seu plano mestre e efetivamente cobre o planeta Terra de monstros gigantes que agem como bestas enfurecidas, enquanto Jaspion e seus amigos se refugiam num local conhecido como Mundo de Edin, criado pelo mago estelar.
Esse é o auge da história com Macgaren sendo definitivamente morto por Jaspion no episódio 45, não sem antes se transformar num gigantesco Satan Goss enquanto agonizava (uma das melhores cenas de morte dos tokusatsu) e Edin sendo morto por Satan Goss no último capítulo. Após um barraco básico com trocas acusações, "Você matou meu filho" e "Você matou meu pai", Jaspion vai pra batalha final com Satan Goss, o Pássaro Dourado se torna uma Espada Gigante usada por Daileon na luta e a última criança irradiada pela luz surge das entranhas da Terra com seu choro de bebê afligindo Satan Goss o suficiente para que o herói liquide o vilão para sempre. No fim, com a Terra em paz, Jaspion vai embora com o bebê. Mas você acha que ele batizou o menino de Edin em homenagem a seu pai adotivo? Não. De Tarzan Galáctico!
Se fosse só pelo final da produção Jaspion deveria figurar entre as primeiras produções do Top tranquilamente (exceto pelas MALDITAS CRIANCINHAS que infestam o seriado), mas acontecem tantos altos e baixos até chegar lá... Pra ser justo. As cenas de ação e combate são algumas das melhores já feitas, a trilha sonora é contagiante, Macgaren também segura muito as pontas, é um dos maiores (senão o maior) vilão dos tokusatsu (e não é porque ele trabalha comigo no Clímax) num trabalho fantástico de Junichi Haruta, que além de ótimo ator, dispensava dublês fazendo suas próprias sequências de ação. Também houve monstros memoráveis, como Paregonta (Dance Paregonta, Dance!), Sion e, claro, Namaguederaz. Por outro lado, os demais vilões, como Zampa e Kilza, foram pouco aproveitados na série e, bom, Jaspion é um herói com poucas motivações humanas, que simplesmente era o escolhido e o ÚNICO herói tokusatsu que eu lembre que não tem nome humano (até o Metalder que é uma máquina e o Sharivan que também era extraterrestre tinham um) e com apenas dois capítulos, em quarenta e seis da série, para falar da sua pouco explorada vida pessoal, o do John Tiger, do episódio 41 e do Zampa (Um garoto não pode me derrubar) no episódio 18. NESTE QUESITO o Gaban e sua busca pelo pai eram superiores ao Jaspion, em mais uma mostra dos problemas de planejamento do seriado o que, mesmo assim, não o impediu de ser um grande campeão de audiência no Brasil e se tornado conhecido aqui como o super-herói japonês mais famoso que não veio da Nebulosa M-78.
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