
Se você é daqueles que estava se perguntando quais sagas da DC ainda valem na nova continuidade pós Relaunch, vou te dizer uma coisa: quais NÃO aconteceram.
Nenhuma das Crises! Quem disse isso foi o proprio Dan Didio em seu Facebook. Segue as palavras do cara:
Depois de uma revisão posterior, não houve mais eventos de "Crises" no novo UDC.

Mas mais tarde ele escreveu (ainda no Facebook) o seguinte:
Para aqueles em crise por causa das Crises, deixe-me esclarecer. O tópico sobre as Crises foi muito discutido entre os editores e talentos trabalhando no Novo 52. Com tantos personagens e histórias reiniciando, grandes eventos como as Crises são difíceis de incluir quando eles funcionam para uns e não funcionam para outros (esse foi um dos problemas advindos da Crise original). Enquanto estamos iniciando aproximadamente 5 anos na vida dos nossos heróis, estamos nos focando no presente e futuro dos personagens, e histórias passadas serão reveladas conforme as próprias histórias ditarem. Sim, houve "Crises" nas vidas de nossos personagens, mas elas não são exatamente as Crises que vocês leram anteriormente, não podem ser. Agora, o que isso significa para os personagens vistos e não vistos...Bom, esta é a diversão do Novo 52, histórias infinitas, possibilidades infinitas, com o melhor ainda por vir.
Obrigado, como sempre pelo seu interesse e entusiasmo no Novo 52.

Ou seja, em outras palavras Didio está esperando algum roteirista ou editor vir com uma solução mágica para explicar as Crises de forma que elas se encaixe no novo DCU para depois dizer "nós estávamos pensando nisso desde o começo".
Olha, eu já disse isso aqui uma vez e vou repetir: Meu problema não é com o relaunch em si, este tipo de coisa infelizmente acaba se tornando inevitável de tempos em tempos e essa não é a primeira nem será a última vez que algo assim vai acontecer. O que eu acho complicado é que a DC está tentando fazer com que sua estratégia agrade todo mundo dizendo apenas meias-verdades em suas revistas. Isso fica claro na quantidade de diálogos genéricos que podem ser interpretados de várias maneiras (tanto como se tivesse mudado algo, como se não tivesse) em muitas das revistas. Eu sinceramente acho isso um erro, pois tentar agradar todo mundo sempre acaba fazendo com que não se agrade ninguém (vide a adaptação cinematográfica de Watchmen, que ficou complexa demais pro público leigo, mas simplista demais para o público que leu a HQ).

Eu comecei a ler quadrinhos um pouco antes da Crise Nas Infinitas Terras, então vocês podem imaginar o quanto essa saga me marcou (e de fato, para mim até hoje ela é imbatível como a melhor megassaga já feita de super-heróis). É claro que, tirando ela, Crise de Identidade, Crise Infinita e Crise Final (embora eu goste muito dessa saga) são dispensáveis, pois não chegaram ao ponto de acarretar mudanças tão profundas quanto a Crise Original acarretou. Agora o relaunch tenta ser uma nova Crise Original com mudanças profundas e reinícios de personagens. Uma estratégia com certeza inevitável, mas que sempre terá suas baixas, em todos os sentidos.

É claro que a inexistência das Crise trazem novos problemas sobre personagens que morreram e alterações de personagens (e eu acho que, ou Didio é muito ingênuo de pensar que não terá problemas com isso ou é só muito obtuso), mas quer saber? Enquanto eu tiver minhas duas versões da Crise Original (quando saiu aqui em formatinho espalhado pelas revistas mensais e numa edição encadernada lançada pela Abril anos depois), eu sempre vou saber que ela existiu e o quanto eu curti ler a história. Querendo ou não, as histórias (pré e pós crise) estiveram aí, foram publicadas e portanto nunca vão deixar de existir. Pelo menos não na mente dos leitores que as leram e as têm em sua estante até hoje, como é o meu caso.

Ofertas: Final Fantasy X-2, Final Fantasy XII, Final Fantasy VII Dirge of, Um Caso de Necessidade
Posts similares:
Olha a Terra Paralela aí, genteeee!!!
Como a DC vai tentar explicar o recauchute?
Dan Didio fala pra ca...
* Quadrinhos - InterNey Blogs - InterNey.Net