
Sempre fui fã de Johnny Depp. O cara podia ser um canastrão e aproveitar o fato de todas as mulheres serem apaixonadas por ele. Não é qualquer um que desiste disso em nome de respeitar o público cinéfilo. Isso me fez perceber que raramente o cara faz um filme ruim desde A Hora do Pesadelo, que cá comigo até curto ao contrário de Piratas do Caribe. Agora, rapá... Como O Turista (The Tourist) me surpreendeu nesse sentido.
A falta de cuidado do cara é um detalhe importante. Desde a primeira cena do professor de matemática Frank Tupelo (Johnny Depp), a sua má vontade em interpretar convive com a sua aparência praticamente igual a que mantém fora das telas. Eu acho que ele basicamente parou de tomar banho ou passar shampoo e foi pro set fazer o personagem. Eu teria mais cuidado para dar beijo na Angelina Jolie (mais linda do que nunca aqui).
Olha aí a sinopse do Adoro Cinema:
Os passos de Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) são acompanhados de perto pela equipe chefiada pelo inspetor John Acheson (Paul Bettany). O motivo é que ela viveu por um ano com Alexander Pearce, procurado pela polícia devido a sonegação de impostos em torno de 700 milhões de libras. Ninguém sabe como é o rosto de Pearce, nem mesmo Elise, já que ele passou por várias operações plásticas para escapar de seus perseguidores. Ele enfim entra em contato com Elise ao lhe enviar um bilhete, onde pede que vá encontrá-lo em Veneza e, no caminho, procure alguém com tipo físico parecido com o seu, para enganar a polícia. Elise segue as ordens à risca e, no trem a caminho da cidade italiana, se aproxima do professor de matemática Frank Tupelo (Johnny Depp), que viaja sozinho. Ele fica atraído por sua beleza e aceita a oferta de ir até o hotel dela, assim que chegam a Veneza. Só que logo Frank se torna alvo de Reginald Shaw (Steven Berkoff), um poderoso gângster que teve mais de US$ 2,5 bilhões roubados por Pearce.

Se Depp costuma ser sinônimo de bons filmes, Angelina tem lá seu padrão de qualidade também. E está menos preguiçosa na produção, mas faz parte do fiasco do mesmo jeito. O Turista é tão cheio de obviedades que só engana até o momento em que você percebe que a dupla de protagonistas não vai pagar seu ingresso.
O diretor e roteirista Florian Henckel von Donnersmarck cria uma sucessão de reviravoltas previsíveis que enganam, por no máximo, alguns minutos. Uns 20 minutos antes do final, já tinha sacado todo o "mistério" da trama. É de dar vergonha.
Cedo ou tarde, qualquer um desses três estará de volta com algum filme. E a gente espera que haja alguma atenção com o espectador que se dispor a ver essa "bomba". Pelo menos, o Depp deu uns pegas na Angelina. Alguém se divertiu nessa história.
Nota: 2
Bugman não se divertiu
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