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É nóis, queiróiz! O MdM na GibiCon #0!! Parte 1: O Balanço Geral

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Como eu já tinha falado aqui, os dois envolvidos com o MdM mais fodas de Minas Gerais foram para Curitiba cobrir o evento. Quer saber como foi? Não? Então clica aí no "continua" assim mesmo!



Convenções de quadrinho são sempre um negócio legal pra dedéu. Você encontra gente estranha como você, conversa com essas pessoas, vê (e ouve) um monte de gente foda sobre o seu hobby favorito e, muitas vezes, quase enche a mochila de gibis a preços camaradas. Responsáveis por visitar a GibiCon de Curitiba, eu e Reeeeesdney Buchemi fizemos quase tudo isso. Sim! Digo quase porque perder o voo da ida e ter de comprar passagens novas impediu que enchêssemos qualquer mochila com coisas que precisassem ser compradas. EÊEêÊEêêÊ Roger....



Para sua edição zero, a organização da GibiCon escolheu o centro de Curitiba como palco: podia-se ver, por toda região central (dividindo espaço com as milhões de divertidas cartinhas-anúncio das... er... bem... profissionais do sécso), dezenas de cartazes imensos sobre a convenção. Ou seja, ainda que faltasse uma ou outra indicação mais clara dos locais de encontro do evento pela cidade (é incrível como ninguém sabia informar onde ficava o Memorial de Curitiba!), os cartazes te davam a certeza de que você não estava no período errado do tempo, e que o evento estava de fato acontecendo.



Pois então, vencidas as dificuldades para se chegar local de início, pudemos apreciar uma organização modesta em muitas coisas, mas bastante firme em outras - ainda que ultimamente o astro Ivan Reis esteja em todas, ter um dos desenhistas brasileiros mais bem sucedidos lá fora hoje em dia num evento iniciante segue digno de nota, por exemplo. Outro ponto curioso (com vantagens e desvantagens) por parte da organização foi a ousadia de ter uma única comicshop dentro do evento - e esta praticamente só vender material alternativo cuidadosamente escolhido para a ocasião. Ponto pra Itiban, que mostrou um senso de oportunidade que empresas grandes não costumam ter (toma essa, Panini!).



Inclusive, diferente do FiQ, por exemplo (claro, estou tendo em mente a diferença de tradição de um evento para o outro também) a GibiCon contou com poucos, pouquíssimos estandes: além da já citada Itiban, Rafael Coutinho e sua turma tinham uma banquinha, uns steampunks malucos tinham outra vendendo bótons e traquitanas, o Estúdio Impacto! tinha outra e coube à própria organização do evento a última barraquinha. Faltou um espaço para os independentes, por exemplo, uma vez que entre os palestrantes e conferencistas eles eram um número considerável, e o próprio José Aguiar, um dos organizadores da Con, é um independente. Mas nada de muito grave.



Na verdade, para um evento que estava começando, dois erros muito mais incômodos devem ser citados, e foram de distribuição: da informação, porque a organização confusa do site e da programação, com os eventos separados em grupos (e não por dia e hora, simplesmente) dificultava que o visitante se programasse de forma eficiente; e de distribuição do espaço, uma vez que os eventos, concentrados em três locais diferentes (a Gibiteca, o Memorial e o Paço da Liberdade), dificultavam a saída eficaz de um para outro - e eu mesmo perdi o começo de coisas que queria assistir porque estava longe demais e em cima da hora demais.



Pra mim, o grande lance do evento foram os momentos de William Miller (personagem principal de Quase Famosos) que eu vivi, convivendo com artistas que eu conheço e admiro há tempos (Joe Prado, André Diniz, Joe Bennet, Erica Awano) e outros mais recentes (Ivan Reis, José Aguiar) e ver que esses caras são pessoas comuns - mais do que isso, são gente boa pra dedéu! Em alguns momentos eu me senti o próprio Kung Fu Panda, barrigudo e desajeitado, andando no meio dos fodões do traço. E sobre isso, só posso agradecer ao velho Paulo Cintura Reeesdney Buchemi por ter proporcionado isso. Mas deixo pra falar mais sobre o assunto na parte 3 desta série de posts.

Erica Awano, Joe Prado e Ivan Reis


No mais, é preciso dar os parabéns à organização da convenção: tiveram a sacada de colocar para dividir espaço temas de interesse da graaaaaande massa de leitores de quadrinhos, como os mangás e o material norte-americano, lado a lado com idéias que, se não chamam tanta atenção assim, são tão ou até mais importantes para o mundo dos quadrinhos, como a importância das gibitecas, o papel dos independentes, a produção européia (acho que é a primeira vez que vejo uma análise de portfólios para esse mercado) e os autores locais. Erros aconteceram? Sim, e foram poucos, pra falar a verdade. Incômodos, mas comuns a tudo que dá seus primeiros passos. Se não se erra, como saber onde é preciso melhorar? No fim, como evento iniciante, a GibiCon deixa um saldo muito positivo: mostra que Curitiba tem autores e público para movimentar um evento desses e, mais do que isso, coloca a capital do Paraná na rota das feiras, festivas e convenções de HQ no país. Algo mais do que merecido!


No próximo post, novidades e outras cocitas apresentadas na feira, em primeira mão!

P.S.: Como eu sou um fotógrafo de merda cujas habilidades nesse ofício ficam entre o Papa João Paulo II e o Steve Wonder, tive de surrupiar algumas imagens do Coletivo .50. Valeu, povo!

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