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Post do Leitor: O Louco e a Cabine

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Olhai, cambada! Depois que publiquei recentemente um Post do Leitor, uma galera se empolgou e vem mandando coisas interessantes pra gente. Hoje temos o Sparky que, após se viciar na série de TV inglesa Doctor Who, resolveu tentar contaminar mais gente aqui no MDM.

Já sabem, quer seu post aqui também? O primeiro passo é seguir o Beabá do Titio Change. O segundo é depositar 500 reau na minha conta, bwahahaha

Com quase 50 anos e sendo considerada uma das maiores séries do todos os tempos de ficção científica (de acordo com uma pesquisa feita no site Total Sci-Fi Online), sendo hoje a série mais duradoura da história, de acordo com o Guiness Book, e um símbolo de orgulho do Reino Unido, o que faz de Doctor Who uma série tão aclamada e especial?

Em 1963, com o intuito de criar uma série educativa e que pudesse ser assistida por toda a família, a BBC inglesa criou um programa cuja premissa era bastante simples: um alienígena, munido de uma máquina do tempo, viajaria pelo tempo e espaço visitando planetas, civilizações, personagens históricos e salvando a vida, o universo e tudo mais sempre fazendo uso de sua inteligência, jamais utilizando qualquer arma e evitando toda e qualquer forma de violência.

Desde então, o universo de Doctor Who se expandiu em livros, audiobooks, spin offs, graphic novels e muito mais, se tornando tão extenso ou até maior do que outras franquias, como Star Trek ou Star Wars, e a série, após uma pausa de quase um pouco mais de uma década, voltou com força total, estando atualmente exibindo sua sexta temporada. Agora, por que causa, motivo, razão ou circunstância devemos assistir esta série? As razões são inúmeras, mas para facilitar, aqui vai os principais motivos para você importar agora mesmo a série para o seu HD:

01. O protagonista e o intérprete.

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"O Doctor em todas as suas regenerações"


Uma das coisas mais legais de Doctor Who foi o meio que os roteiristas encontraram de não envelhecer a série junto com o ator que faz o papel do protagonista alienígena: a regeneração. A cada vez que o personagem está à beira da morte, ele usa um mecanismo típico dos Time Lords (um título pertencente a indivíduos de sua raça), onde ele "engana a morte". Como consequência, seu corpo muda, nascendo assim um novo Doctor, com gostos e personalidades novas, porém com as memórias de todas as suas vidas passadas!

Assim, há regenerações mais sérias, mais palhaças, mais ingênuas, mais profundas... o Doctor acompanha as tendências dos seus telespectadores, dando de tempos em tempos uma nova roupagem à série, sem ignorar conceitos embutidos em seu universo, respeitando os velhos fãs e possibilitando o surgimento de novos whovians.

02. A galeria de vilões.

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"Sim, você irá temer um saleiro gigante com um desentupidor"


Por ser uma série inglesa, Doctor Who não possui um orçamento tão generoso quanto algumas produções americanas, porém sua galeria de vilões é tão vasta quanto interessante: desde robôs com design ridículo que podem aniquilar planetas inteiros a estátuas de anjos que se movem quando você não olha diretamente para elas e que lhe reservam um destino horrível quando o tocam, a série apresenta um universo repleto de seres perigosos que brincam com o nosso imaginário.

Episódios como "Blink" da terceira temporada e "Silence in the library" da quarta usam nossos medos mais primitivos para criarem vilões que não exigem computação gráfica, maquiagem ou até mesmo voz e corpo! Sim, existem monstros invisíveis em Doctor Who! Uheueheuheuh...

03. Conceitos e gadgets trashs!

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"Minha tecnologia é tão boa que eu disfarço ela para ninguém perceber"


Chave de fenda sônica que serve para abrir portas, fechar portas, acessar computadores, analisar pessoas, radiação, ruídos... Enfim, que faz praticamente qualquer coisa que os roteiristas precisarem para a trama.

Mas o mais legal mesmo é a TARDIS - Time And Relative Dimension In Space. A nave que acompanha o Doctor desde seu primeiro episódio rouba a cena diversas vezes, possuindo um conceito bastante peculiar: por dentro, uma nave gigantesca com infinitos compartimentos capaz de viajar no tempo e no espaço, por fora, uma cabine de polícia azul da década de 50. Acontece que a TARDIS se camufla no ambiente em que ela pousa, mas devido a um erro no sistema, ela simplesmente não consegue mais mudar de forma, permanecendo sempre como uma cabine telefônica azul não importa onde esteja!

Ainda no campo tecnológico, as tecnologias utilizadas pelo Doctor parecem ter saído de um ferro velho - explicado na série clássica que, devido a tecnologia da nave ser extremamente avançada, ela se disfarça para não chamar a atenção. Precisa dizer mais? É o trash aliado ao baixo orçamento criando tecnologia alienígena com muita cara de pau!

04. Tramas envolventes e roteiristas ilustres.

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"Até Neil Gaiman se convidou para escrever para a série"


Nada disso funcionaria sem que a trama funcionasse. Desde seu retorno em 2005 (acompanhei poucos episódios da série clássica), Doctor Who vem apresentando tramas envolventes com finais de temporadas eletrizantes, mantendo sempre um humor ácido típico britânico e muito menos gratuito que o gênero americano.

Além disso, sempre há nas temporadas ao menos um ou dois episódios envolvendo personagens históricos interagindo com o Doctor, cujas consequências refletem na vida deles - justificando alguns fatos históricos até.

Com isso, Doctor Who conquistou uma galeria de escritores que passaram pela série de fazer inveja a qualquer outra, entre eles Douglas Adams (autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias) e, recentemente, Neil Gaiman, que pediu para poder escrever um episódio para série, segundo ele um sonho que nasceu ainda na sua infância.

- Ok, me convenceu. Por onde começar?

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Se você quer uma "amostra grátis" do universo de Doctor Who, a maioria dos fãs é unânime ao eleger o episódio "Blink" (décimo episodio da terceira temporada desde o retorno) e "Vincent and the Doctor" (décimo apisódio da quinta temporada após o retorno em 2005) como os melhores para apresentar aos novos telespectadores, justamente por não focar no Doctor em si, mas no conceito que gira em torno da série.

Agora, se for para começar a assistir os episódios em ordem, há duas opções: a primeira, assistir desde 2005 (sendo considerada como primeira temporada por surgir depois de um hiato imenso), porém com o risco de não gostar muito do estilo trash, até porque a série estava ressurgindo das cinzas, e o orçamento era extremamente baixo.

A segunda opção, e creio que a mais segura, é começar a partir da quinta temporada após o retorno. Nela, o cargo da chefia passou para Steven Moffat, que escreveu ótimos episódios nas temporadas anteriores, e começa exatamente depois que o Doctor acabou de se regenerar, sendo muito mais didática do que a primeira temporada, em 2005, que deu apenas continuidade de onde havia parado a história anteriormente. Seja qual for, Doctor Who é parada obrigatória para qualquer fã de viagens temporais, aventura e ficção-científica.

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