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Acabou!

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Bem, a esta hora, estão todos cientes do fim do Universo DC que conhecemos e do renascimento de um novo UDC sob a batuta do roteirista e chefe de criação Geoff Johns. Não pretendo, aqui, repetir a notícia. Claro que vou citar uma novidade ou outra que pintou entre a publicação do post sobre a nova reformulação da editora e a formulação deste...



Antes, porém, quero contextualizar as mudanças, rapidamente. No mês de maio, a DC lançou mais uma megassaga, dessa vez, estrelada pelo Flash/Barry Allen. Estou falando de Flashpoint, claro. Enfim, na tal saga, Barry Allen precisa resolver uma treta aprontada pelo Flash Reverso e acaba num UDC alterado pelo vilão. Nele, o Batman é Thomas Wayne, por exemplo, e o único voador é o Aquaman!!! Uma das notícias importantes, até então, sobre a série, era editorial, apenas: Flashpoint seria a única revista da editora publicada na última semana de agosto e todas os arcos abertos nas outras revistas acabariam no mesmo mês. Nenhuma revista havia sido anunciada para setembro — até o anúncio da Liga da Justiça de Johns e Jim Lee — e muitos imaginavam que um reboot estava sendo preparado. Bem, aconteceu.

A editora anunciou ontem que em setembro o Universo DC recomeça. Obviamente, não vamos esquecer nada do que lemos até agora, mas teremos que ignorar para acompanhar as aventuras dos icônicos heróis da editora rejuvenescidos. Sim, rejuvenescidos, como anunciou o vice-presidente de vendas da DC, Bob Wayne. De acordo com um comunicado enviado às revendas da editora, as novas revistas do UDC são voltadas para leitores diversificados e modernos. Trocando em miúdos, a editora quer aumentar o alcance de suas revistas. Quer mais gente e gente diferente lendo seus gibis. Bem, é uma empresa que busca o lucro, certo? Sob a sombra da Warner, a DC precisa crescer. Precisa pensar no Jonathan (da nova geração, sacaram?), concorda?! E como ficam os leitores que acompanham desde criança as revistas da editora? Como ficam aqueles que aguentaram revistas ruins até o talo única e exclusivamente por gostarem demais do UDC como ele é há pelo menos 30 anos?!

Bem, antes de continuar, quero citar um conto do livro Azar do Personagem, de Reginaldo Pujol Filho, da Não Editora. No conto "Sou brasileiro/ com orgulho/ dá-lhe, dá-lhe", um deputado resolve mudar o Hino Nacional já que havia concluído que o brasileiro não sabia cantá-lo. Ele compara o hino à novela das oito, dizendo que ambos são símbolos da pátria etc e tal, mas conclui que o povo não sabe cantar o Hino Nacional porque não há "apelo popular" na letra composta por Joaquim Osório Duque Estrada. O autor descreve uma briga na Câmara dos Deputados e piriri e pororó até que nos apresenta a uma nova versão do Hino Nacional. Tente cantá-la:

Partiram do Ipiranga as frases clássicas
De um cara heróico e muito bem falante
E a liberdade por Dom Pedro lúcido
Tornava os portugueses retirantes

Sim, senhor, pela igualdade
Nós fazemos mais do que contar com a própria sorte
Carnaval é liberdade
É no samba que o bicho pega forte

Sou brasileiro
Com orgulho
Dá-lhe, dá-lhe

Brasil, teu povo intenso não é ríigido
De humor igual criança que não cresce
Nasceu bondoso, bem risonho é nítido
Teu povo é festeiro sem estresse

Caramba mais que linda natureza
Modéstia à parte, o máximo seu moço
Eu me orgulho, que venha mais cerveja

A mais gelada
Samba, Brasil
Ó, meu Brasil
Na batucada

Teus filhos dizem alto: és dez, és mil
E bem-dotado
Brasil!


Apesar de engraçada, acredito que ninguém — alguns, talvez — fosse ficar a favor de um impropério desses caso fosse proposto por um dos idiotas engravatados de Brasília. Por que alterar um símbolo para adaptá-lo para pessoas que não se interessam por ele?



Obviamente, não quero comparar o Hino Nacional do Brasil com o Superman. Quero lembrá-los, apenas, que o personagem criado pelos amigos Joe Shuster e Jerry Siegel há muito fugiu do controle dos autores, da editora e do UDC. Há muitos anos, o Superman pertence ao imaginário popular. Uma marca reconhecida por quase todo o planeta e ele alcançou esse status usando a malfadada sunga por cima das calças. É estranho? Sem dúvida, mas é assim que ele é e foi assim que ele alcançou nossas casas em gibis, bonecos, filmes, desenhos, animados...

Enfim, espero que eles alcancem o sucesso almejado e que os Jonathans da vida voltem seus olhos para os gibis da editora, novamente. Só não esperem o mesmo de burros velhos... No futuro, quem sabe, meu filho ou até mesmo um neto me pergunte como era o Superman quando eu lia as aventuras publicadas pela DC. Eu vou apenas dizer que era um personagem incrível, com altos e baixos, mas que cativou diferentes gerações usando uma estúpida sunga por cima da calça. Talvez eu até apareça com a cabeça cheia de cabelos brancos num vídeo no futuro...



Isso se minha memória for tão prodigiosa quanto a dessa senhora.

Eia sus, oh sus!


...

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