
Lançamento da editora Devir, The Umbrella Academy: Dallas chega com a responsa de manter o nível da ótima The Umbrella Academy: Suíte do Apocalipse.
Não é de graça que Grant Morrison dê tantos afagos públicos em Gerard Way, roteirista da série. O estilo dos dois realmente tem várias semelhanças. Não apenas na forma como compõem dramas humanos entre superseres, mas principalmente na mistura maluca entre ciência, religião, ficção científica e tudo o que puder resultar dessa mistura. Segue um trecho do release do álbum:
Na esteira do quase apocalipse criado por um de seus pares, e depois da morte do seu querido mentor, Pogo, o grupo se encontra bastante desesperançado. Cada membro da equipe desperta lentamente da sua apatia quando o perigo de outra catástrofe ameaça alterar a história ou destruir o mundo.
O X da questão é que cada um deles tem de se preocupar com seus problemas pessoais. A Violino Branco está acamada graças a um fatídico tiro na cabeça. A Rumor perdeu a voz - a fonte do seu poder. Spaceboy mergulhou num estado catatônico. E enquanto o Número Cinco se vê às voltas com assuntos arriscados na corrida de cachorros, o Kraken começa a desconfiar que seu irmão mais novo é a chave para desvendar uma misteriosa série de massacres.

Essas misturas resultam em muita coisa legal, como a dupla de agentes temporais psicopatas Hazel e Cha-Cha. Não dá pra negar que os caras são tão assustadores nos quadrinhos quanto um Hanibal Lecter é nos cinemas e, em alguns momentos, me senti tão perturbado lendo seus diálogos quanto nos melhores momentos do Coringa. Nesse ponto, Way está ainda melhor. Suas idéias para novidades dentro das mesmices que a gente costuma ler nos quadrinhos melhorou em relação ao primeiro número.
O único porém é que ele não explora o drama e as relações entre os personagens tão bem quanto em Suíte do Apocalipse. A trama acaba se destacando demais na tensão entre Spaceboy e Kraken e deixa os demais personagens de lado. Mesmo a dualidade entre o meio-homem e meio gorila com seu irmão adotivo não é lá muito aprofundada.
Elogiar Gabriel Bá é chover no molhado, mas é bem legal ver como um artista desacostumado ao universo de super-heróis tem muito a acrescentar a esse mundo. Seus personagens seguem mais expressivos e ganham uma dose essencial de imperfeição que a trama pede. The Umbrella Academy: Dallas é uma história não só sobre pagar pecados do passado, mas principalmente em quanto os nossos erros nos moldam. É muito mais melancólica que Suíte do Apocalipse e, talvez por isso mesmo, nos faz querer logo ver a próxima edição.
Nota: 7
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Pixu
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