E tem trocadilho no título!
Ontem rolou, na Gibiteca de Belo Horizonte, uma reunião pública sobre o FIQ. Foi uma espécie de “apresentação institucional” do evento, que contou com a coordenação e a curadoria dele.
Entre aquelas coisas que todo mundo que acompanha o evento desde os tempos da Bienal já está cansado de saber, o Afonso Andrade (nosso chégas e coordenador do Festival) trouxe novas novidades muito fodas!
Entre elas, a avaliação de portfólios, que sempre rola no evento (e que conta com a colaboração do nosso também chégas Joe Prado) está sendo… expandida. Em paralelo a ela, rolará, numa parceria com o SEBRAE, uma “rodada de negócios”, relacionada a quadrinhos. Na prática, isso quer dizer que não só desenhistas e arte-finalistas (que são os beneficiados pela avaliação de portfólios) mas roteiristas e produtores com projetos de HQ prontos poderão ter uma chance de mostrar esses trabalhos a editores, de diferentes empresas, presentes no evento. Funcionará como as rodadas de negócios que o SEBRAE já organiza em outros seguimentos: o interessado se inscreve, participa de um breve workshop de capacitação, e agenda horários para se reunir com os editores participantes. Nessas pequenas reuniões, seu trabalho será avaliado e receberá dicas, sugestões e, quem sabe, pode até fechar negócio!
E, se isso já não fosse totalmente excelente por si só, ainda foi revelado o projeto FIQ Jovem, que é um iniciativa para criar cursos de capacitação profissional para jovens voltados para histórias em quadrinhos! O FIQ Jovem, por razões óbvias, não deve acontecer dentro dos quatro dias do evento, mas está sendo trabalhado para ser oficialmente anunciado lá e começar, de fato, em 2014.
Cara, que boas notícias!
O FIQ é, já sem sombra de dúvidas, o maior evento exclusivamente de quadrinhos das Américas, e ver esse tipo de inovação é interessantíssimo, uma vez que aponta duas questões sobretudo: 1) que, contra os profetas do apocalipse menos informados, o mercado brasileiro de quadrinhos vai muito bem, obrigado – isso fica evidente no ineditismo de se ter editores e produtores dispostos a “caçarem talentos” nacionais, para atuarem no mercado nacional, durante o evento. 2) Esse mercado está em franca expansão e já dotado de uma base sólida – o FIQ Jovem então destaca o futuro do mercado, que, projeta-se, seguirá neste ritmo. Isso quer dizer que novos produtores precisarão estar a postos, para que a peteca não caia: o objetivo do FIQ Jovem é justamente preparar gente para manter esse mercado. Noutro ponto, tanto a rodada de negócios quanto o FIQ Jovem apontam para o potencial do quadrinho brasileiro como mercado mesmo, gerador de empregos e tudo. O que é um prognóstico excelente, que talvez o país nunca tenha vivenciado.
Agora é torcer pra que tudo funcione como esperado, porque o FIQ não é o limite: do contrário, é só o começo!
O FIQ 2013 acontecerá entre os dias 13 e 17 de novembro, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte. Compra logo as suas passagens e frita os grafites, cidadão!
