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Ennio Morricone Detona Quentin Tarantino… ou não?

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Morriconne e Tarantino 2

Barraco!

Seguinte. Segundo o Hollywood Reporter o Maestro Ennio Morricone estava dando uma paldestra pra estudantes em Roma quando emitiu uma opinião não muito favorável sobre o cineasta Quentin Tarantino e seus filmes. Pra quem não sabe, Tarantino usou músicas de Morricone em Kill Bill Volume 1 e 2, Bastardos Inglórios e Django Livre.

Eu não gostaria de trabalhar com ele de novo, em qualquer coisa. Ele disse no ano passado que ele queria trabalhar comigo desde Bastardos Inglórios, mas eu disse a ele que eu não podia, porque ele não me deu tempo suficiente. Então, ele apenas usou uma canção que eu havia escrito anteriormente.”

Mas aparentemente não é suposta pressa do Tarantino o principal problema que o compositor italiano tem com o estilo do diretor:

“[Tarantino] coloca a música em seus filmes sem coerência. [...] Você não pode fazer qualquer coisa com alguém assim.

Sobre Django Livre, a mais recente obra de Tarantino, Morricone teria se limitado a dizer:

“Pra dizer a verdade eu não ligo pra isso.” [...] “Muito sangue.

Tais declarações caíram feito uma bomba na mídia e Morricone tratou de se queixar no site da revista EW, dizendo que suas palavras foram deturpadas:

“O jeito como a declaração foi reproduzida privou o verdadeiro significado dela, isolando uma parte de um contexto

Ele também disse que possui muito respeito por Tarantino e ficou feliz em participar de seus filmes…

Então tá… só faltou ele mandar o clássico “A culpa é do jornalista que me fez a pargunta.” Apesar das diferenças culturais e de geração óbvias que existem entre Morricone e Tarantino e apesar de provavelmente terem mesmo tirado uma ou outra frase do contexto certo, notem que ele não negou o que falou. E quer saber? Eu acho que o Tarantino coloca mesmo a música fora do contexto nos filmes. KKKKKKKKKKKKKK

Em Django Livre ele usa música negra como o soul, hip hop, rap e até aí tudo bem… só que várias vezes eu fiquei com a impressão que aquele arranjo mais moderno não tinha nada a ver com o filme a não ser pelo fato de ser a história de um protagonista negro. Alguém percebeu se ele chegou a usar o Spiritual na trilha, aquela canção melódica que os escravos negros entoavam e que aparece em vários filmes sobre o período, como por exemplo E aí, Meu Irmão? Cadê Você?

Pode ser que ele não tenha posto pra fugir do óbvio e evitar clichês, mas não sei se as escolhas pra substitui-la foram as mais indicadas. Pena que o Morricone voltou atrás! Esperava um barraco do tipo Casos de Família:

E pra encerrar confira o melhor de Ennio Morricone:


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