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Mythos e a derrapada na biografia do Mago

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A marca de uma certa editora de quadrinhos no Brasil é o descuido. Sim ou Com certeza?

E isso aparentemente acontece a despeito do bom momento que os quadrinhos estão vivendo no Brasil, ou de quem é o autor ou o assunto de uma obra.
Não poucas vezes eu comentei aqui o trabalho fuleiro que a Mythos faz com materiais de primeira qualidade, como os quadrinhos Bonelli, por exemplo, e seu hábito peidorrento de dizer que, quando uma iniciativa não vai bem no mercado, a culpa é do leitor que não compra o produto.

Pois como no país da piada pronta ninguém aprende nada (“é sempre mais fácil empurrar com a barriga e deixar a responsabilidade para os netos”, diz uma vinheta numa canção do Manu Chao – desculpem, estou divagando), nem com os próprios erros, eis que ano passado a Mythos lançou o livro Alan Moore: O Mago das Histórias, de Gary Spencer Millidge. Sim, a biografia do velho barbudo de Northampton, autor de clássicos absolutos dos comics como V de Vingança, Watchmen e tantos outros.

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Oras, qualquer sujeito que minimamente goste de quadrinhos provavelmente ficou interessado pelo material que, entre outras coisas, traz o afamado esquema monstro de criação de roteiros de Moore, com aquela “planilha de excel feita a mão”, segundo o quadrinista Daniel Werneck. Eu mesmo ando babando por adquirir um exemplar, e só não o comprei ainda por conta do preço, bem salgado (R$109,90, no site da editora). Mas eis que nosso chégas, bródi das antigas Eudes Honorato me manda a bomba: independente do preço, da qualidade do papel, da capa dura e o escambau, a (baixa) “qualidade Mythos” continua a mesma de sempre.

Foi o que o Alquimista da transubstanciação digital (o Eudes, porra!) postou outro dia:

A Mythos sempre foi uma editora que não primava pela qualidade. Com o tempo melhorou, mas a qualidade dela sai caro. Mas, para não esquecer suas raízes, vai e comete um erro absurdo na biografia de Alan Moore, que é cara.

Em uma das páginas vc está lendo e termina assim “Toda semana eu” dando a entender que continuaria na próxima página…. e não continua. A numeração continua normal e começa outro capítulo.

Caraca, até sonhei que eu tinha lido errado e continuava na linha de baixo.

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Como aqui o sistema é bruto e não basta o cara dizer que é pra ser, o Eudes me mandou umas scans fotos das páginas pra comprovar:
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A página 48, onde o texto se interrompe…
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E as páginas 49 e 50, onde ele não continua! “Ah, mimimimi eu não li o livro mas as páginas 49 e 50 são ilustrações, então o texto volta na 51, qualquer um pode ver!”
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Pois aí está a página 51.
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Cara, que cagada, hein? Material caro, MUITO CARO (são 320 páginas pelos R$109,90 que estão cobrando) pra sair com um erro besta desse tipo. Será que vai ter recall?
Se bem que não é nada que me surpreenda, vindo da Mythos, como já disse. Já comprei edição da Julia Kendall com página repetida, faltando página… Sem contar nas lambanças n’alguns títulos que saem com o selo da Panini mas que são impressos (e editados) pela Mythos.
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A amigos mais próximos, Alan Moore teria dito “eu fico desgraçado da minha cabeça com essas merdas!”, segundo uma fonte secreta.

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Será que dá pra fazer um trabalhinho menos amador, Mythos? Estamos de olho!


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