Quer um charuto, meu filho? É havano!
Joe Bennett. Desenhista com trabalhos fodas no currículo como Gavião Negro, Exterminador, 52, Sandman Apresenta, JL: Generation Lost, Homem Aranha, Quarteto Fantástico, Namor, X-men, Conan, Supreme (com Alan Moore no roteiro), Família Titã e mais uma carvalhada de títulos. Joe Bennett, nosso chégas. Joe Bennett, capaz de detonar um Stormtrooper usando apenas uma camiseta do Bátema e próprias mãos nuas como armas.
Sim, esse cidadão, um dos artistas brasileiros com uma das carreiras mais diversificadas na gringa, está lançando, pela editora Orago o seu Joe Bennett Sketchbook, material de luxo, bilíngue e em capa-dura reunindo uma coleção invejável de trabalhos do cara. O álbum, uma edição limitada de 500 exemplares, pode ser adquirido diretamente com a editora por aqui.
Para quem não conhece o trabalho do Joe (como assim?), basta dizer que o cabra é duca no claro-escuro e, conforme descrito pelo Gian Danton, “podemos passar horas e horas olhando para as imagens construídas por Joe, que são uma mistura da força do desenho expressionista de Jack Kirby e o dinamismo anatômico de García-Lopes.”
Vou te dizer que lá em Curitiba, na GibiCon, o próprio Joe me mostrou o álbum e, putz… Tá foda.
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Entretanto, para a tristeza dos fãs da outrora conhecida como maior editora do mundo, o lançamento do Sketchbook se dá no exato momento em que o contrato de exclusividade do Joe com a DC é efetivamente denilsonado, digo, rompido. Atualmente Joe está trabalhando numa HQ curta com o Loki (“para eu ir aquecendo as turbinas… me readaptando ao Universo” segundo ele me disse), para então assumir o título dos Ultimates, com roteiros de Sam Humphries. Afora isso, ele continua com alguns trabalhos menores na DC.
Negada, e aí? Cara, primeiro sobre o sketchbook: eu vi lá em Curitiba, achei foda, e tô seco para pôr minhas suínas mãos no meu. Agora, eu acho chato que a DC não tenha aproveitado direito o Bené. Pombas, tirá-lo do título pra colocar o ROB LEIFELD no lugar só pode ser sacanagem… Na verdade, só o fato do Joe não estar num dos títulos de primeira linha da editora (com uma mão nas costas ele é capaz de entregar um trabalho melhor que o do David Finch em Batman: The Dark Knight, ou do que o material horroroso do Miguel Sepúlveda em Authority, por exemplo) já é uma puta falta de sacanagem, e a editora taí, pagando o preço com o cabra trabalhando na concorrência também. Enfim, a vida é assim.