Hoje, 23 de novembro, é o Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil. Não é uma data pra comemorar, mas para se conscientizar.
Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC) no mundo são mais de 160 mil crianças com a doença a cada ano, sendo que 80% em países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento mais da metade delas acaba morrendo. No Brasil o câncer é a segunda causa de mortalidade infantil. Anualmente, 12 a 13 mil crianças são acometidas pelo mal, mas cerca de 70% delas podem ser curadas se foram diagnosticadas a tempo num local especializado, pois a doença pode ser frequentemente confundida com outras patologias comuns na infância.
A presença de gânglios, por exemplo, pode denunciar um linfoma ou leucemia; a barriguinha volumosa pode indicar, ao invés de uma verminose, a presença de tumor no rim ou alças intestinais; enquanto dores de cabeça, inchaços ou distúrbios de visão prolongados, também podem sinalizar algum tipo de câncer. Porém, após o diagnóstico e o tratamento adequado a criança pode levar uma vida normal.
Existem várias formas de câncer infantil, como o Linfoma (câncer nos gânglios linfáticos), Tumores cerebrais (que podem surgir em qualquer região do cérebro) e Osteosarcoma (câncer nos ossos). Mas a doença que mais ocorre com as crianças é a Leucemia (o câncer nos glóbulos brancos do sangue).
Em um episódio especial da série animada dos Peanuts escrita pelo próprio Charlie Schultz, Linus e Charlie Brown descobrem que uma colega da escola, Janice, sofre de leucemia e tentam ajudá-la a lidar com a doença, especialmente quando ela tem que raspar todo o cabelo devido ao tratamento. Não é um episódio genial, mas também fica longe de soar panfletário, apesar dos momentos de indignação do Linus com o preconceito das outras pessoas.
Os Peanuts acertam exatamente por retratar com extrema naturalidade como é a vida de uma criança comum após saber que tem a doença e como nem todo mundo ao redor compreende a gravidade da situação. Lembro que eu tive uma colega no ginásio que também precisou raspar a cabeça pra se tratar de um câncer e passou por uma situação parecida com a da Janice na escola.
Tratar com franqueza um tema tão delicado tornou esse um dos capítulos mais clássicos da animação e um dos mais lembrados pelos fãs até hoje.
Se quiser saber mais você encontra aqui o site da ABRACC (Associação Brasileira de Ajuda a Criança com Câncer), aqui o site do GACC (Grupo de Assistência a Criança com Câncer), aqui o site do NACC (Núcleo de Apoio a Criança com Câncer) e aqui uma lista de várias outras entidades de combate ao câncer espalhadas por vários pontos diferentes do pais.