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Das antigas: Ruas de Fogo – Uma fábula de rock and roll

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Depois de fritar meu projeto de qualificação o feriado inteiro, nada como um filmizinho light das antigas pra relaxar…

Lançado em 1984 e dirigido por Walter Hill (que já tinha realizado o totalmente excelente Warriors – Os selvagens da noite cinco anos antes), Ruas de Fogo é um daqueles filmes simples, pipocão, sem muito lero-lero, sem muita genialidade cinematográfica, mas mesmo assim completamente digno de mais de 40,5 motivos para você (re)assistir!

Na trama, Diane Lane (a Martha Kent no próximo – e visionário – filme do Superman) é Ellen Aim, uma estrela do rock que retorna ao seu bairro de origem para um show de caridade. Entretanto, no meio da apresentação lotada, o Corvo (William DaFoe, quase uma criança) e seu bando, os Bombardeiros, invadem o auditório e, na base de alguma pancadaria, sequestram Ellen! Billy Fish, seu empresário e namorado (Rick Moranis, outro infante) é deixado para trás, somente para se lamentar a perda de sua mina de ouro.

Entretanto, quando tudo está perdido, eis que surge o baderneiro Tom Cody (Michael Paré), ex-namorado de Ellen, recém-saído do exército e bastante afim de quebrar alguns dentes para resgatar a donzela (em troca de algum cascalho, claro). Nessa empreitada, ele contará com o auxílio de McCoy (Amy Madigan), uma ex-soldado dura na queda. Os dois juntos aprontarão altas confusões exprudindo tudo em BH!

Baby Doll (Elizabeth Daily), Ellen Aim (Diane Lane) e Billy Fish (Rick Moranis)

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Cara, por onde começar a falar de Ruas de Fogo? Primeiro, que ele talvez seja (ao lado de Warriors) a melhor adaptação de um jogo para as telas de cinema – uma adaptação tão boa que surgiu ANTES dos jogos, ehehehehe
Sim, eu estou falando daqueles beat ‘em up urbanos clássicos, como Final Fight (1989) e Streets of Rage (1990). Como eu disse, a missão de Cody é, como nesses jogos, salvar a donzela de uma gangue malígrina, descendo o cacete em quem entrar na reta.

A trilha sonora do filme é outro petardo, contando com clássicos como Nowhere Fast (Fire Inc.), One bad stud e Blue Shadows (The Basters) e I can dream about you (Dan Hartman), entre outras, é de carregar na playlist do celular e do que quer que seja até hoje.

Claro, o filme sofreu os efeitos do tempo, mas muito menos do que você esperaria de algo que já conta com seus 28 anos. Como a trama não depende muito de efeitos especiais, os maiores incômodos visuais acabam servindo para favorecer a imersão no espírito anos 80 da parada toda, e nem chegam a incomodar de fato. Os principais problemas talvez sejam algumas soluções fáceis que a trama apresenta, como o conflito entre Cody e os policiais no ônibus dos Sorels, que chega a ser ridículo, e os diálogos, tantas vezes forçadíssimos na busca por frases de efeito (“Parece que encontrei alguém que aprecia a violência tanto quanto eu!”).

Mas isso não pode, e não consegue, ofuscar alguns momentos memoráveis do longa, como a briga de marretas entre Cody e o Corvo, ou o “balão apagado” que Cody aplica em Ellen no metrô. Ponto também para a ambientação, que consegue deslocar o filme dos anos 80 sem de fato fazê-lo, deixando tudo com um climão anos 50, quase como se a década de 80 tivesse sido a mais hipster-retrô de todos os tempos.

Reza um mito cinematográfico (santa Wikipédia) que Walter Hill pensava Ruas de Fogo como parte de uma trilogia intitulada As Aventuras de Tom Cody, mas que nunca chegou a ser executada. Os próximos seriam The far city e Cody’s return. Em 2008, Michael Paré reviveu o papel de Cody numa sequência extra-oficial, chamada Road to Hell, dirigida por Albert Pyun, cuja estréia oficial só se deu este ano.

McCoy, a ex-soldado que aparentemente curte um cola-velcro e Cody, o brigão com pinta de caipira

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Ah, pra não dizer que eu só falei, falei e falei do filme, ele está inteirão no Youtubiu, dubrado.

Segue aí:



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