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Panini Relança O Filho do Demônio

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Após vários pedidos a Panini decidiu finalmente republicar uma das principais histórias do Batman.

Escrita pelo mestre Mike W. Barr e desenhada por Jerry Bingham, em Batman – O Filho do Demônio acompanhamos o Morcego formando uma inusitada aliança com o seu mais poderoso inimigo, Ra’s Al Ghul, para enfrentarem o vilão Qayn, responsável pela morte da mulher de Ra’s e mãe de Talia.

Um dos maiores alvos de polêmica em toda historiografia do herói é exatamente o romance que ocorre entre o Cavaleiro das Trevas e a Filha do Demônio. Nessa edição, após passar um bom tempo como membro da Família Al Ghul, eles transam e ela engravida. A DC determinou que a HQ seria um elseworld porque o Batman não poderia ter filhos blábláblá… mas uma das coisas legais da Fase Grant Morrison foi trazer de volta o filho do casal e batizá-lo de Damien Wayne.

Esse é um dos (raríssimos) pontos em que a DC mostrou amadurecimento com os anos e também onde na minha visão superou a Marvel. Enquanto na Casa das Idéias os autores se descabelavam procurando eliminar a pequena May – filha do Homem-Aranha do seu casamento com Mary Jane - da cronologia e Joe Quesada ordenou a J. M. Straczynski que o pai de Gabriel e Sarah – filhos de Gwen Stacy – fosse Norman Osborn e não Peter Parker porque Peter não podia ser pai pra não envelhecer o personagem, a DC permitiu ao Morrison EVOLUIR uma boa idéia parada no tempo.

Afinal, qual o problema de personagens icônicos como Batman ou Homem-Aranha terem filhos? A vida é assim… pelo menos devia ser. E por mais que esses caras tenham um certa síndrome de Peter Pan porque perderam a figuram paterna etc., tem uma hora que isso fica bem forçado. Uma coisa não impede a outra, só na cabeça dos executivos das editoras, acho.

A mim isso só comprova o quanto Mike Barr era um autor a frente do seu tempo e NA MINHA OPINIÃO fez o Batman/Bruce Wayne definitivo de todas as mídias, seja HQs, Animações e Cinema – inclusive a visão dele influenciou todas essas outras – porque imprimiu mais humanidade do que qualquer outro ao personagem. E o Batman dele pra mim também é muito mais porralouca que o do Frank Miller, só não teve tanta mídia.

Agora, resta a Panini se animar e lançar as outras duas graphic novels que formavam a trilogia do Demônio, escritas pelo bamba Denny O’Neal, mostrando grandes encontros do Batman com Ra’s Al Ghul… Bride of The Demon (A Noiva do Demônio) e Birth of The Demon (Nascido do Demônio)… história essas que a Editora Abril fez o favor de nunca publicar por aqui. Ironicamente, se eu não me engano o público brasileiro conheceu essas duas histórias via Batman TAS, onde a dupla Bruce Timm/Paul Dini decidiram, dentre as três aventuras, não adaptar justamente O Filho do Demônio.



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