E tem gente que vai achar muito bom, outros vão achar muito ruim e a maioria vai ficar se perguntando: o que tem a ver o c# com as calças?
Antes de mais nada, vale dizer que eu sempre achei a Supergirl uma personagem inútil, pra não dizer péssima. Um reflexo bobo daquele tempo da Era de Prata, em que o óbvio e a repetição andavam lado a lado com o nonsense. O tempo em que o Bátema tinha o batcinto, o batmóvel, o batcão, o batgato, o batcavalo, a Batmulher, a Batmoça e o batconsolo. Do seu lado, o Superman tinha a Supergirl, o Supercão, o Superboy, o Supercavalo, Supergato, Supermacaco, Superação.
Aí veio a Crise e levou embora essa bobajada (quase) toda, de maneira direta (a maioria desses bat's e supers sumiram) e de maneira simbólica, com a morte da Supergirl pelo Antimonitor.
Sobrou a Poderosa, que com o tempo ganhou espaço e luz própria, se tornando uma personagem em nada sequer similar ao seu falecido e esquecido tempo de "prima do Superman".
Os anos 90 trouxeram a SuperGarota de volta como geleca espacial, depois como adolescente rebelde e anjo misterioso para, já nos 2000, ressuscitar o conceito de prima do Superman.
Fiz todo esse preâmbulo pra dizer que a Supergirl nunca foi uma personagem que colou - era (mais) uma proposta para atrair as garotas aos comics e que no final, na melhor das hipóteses, serviu aos nerds onanistas que curtem um up-skirt... Mas parece que agora a DC vai dar uma cartada ousada para tentar (de novo) fazer a personagem engrenar: o Bleeding Cool trouxe a notícia de que, depois de Nick Spencer (que brigou com a editora e foi-se embora pra Marvel) e James Peaty (atualmente no título), ao que tudo indica a editora estaria pensando em escalar o visionário Brian Wood (DMZ, Vikings) para assumir o título.
Bizarro, né? Apesar d'eu achar o Wood um roteirista bem comedor de feijão e arrotador de caviar, ainda é preciso admitir que nada na carreira dele o coloca sequer perto de um alinhamento com uma personagem teen como a Supergirl. O que se pode esperar disso? Será mais uma história com um fiapo de roteiro embrulhado n'algum raso e mal abordado contexto político (DMZ) ou um fiapinho de história amarrando cenas amplas de violência (Vikings)?
Eu não sei se o Brian Wood vai conseguir isso (eu duvido), mas que a Supergirl pode ser boa, isso pode. Ah, como pode!
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