
No dia dos pais, os quadrinhos gringos perderam um pai e tanto…
Nascido num território que hoje pertence à Ucrânia, Joe foi para os EUA com apenas dois meses de idade, para morar com os pais no Brooklyn. Começou a desenhar quadrinhos em 1938, por uma bagatela de cinco dólares a página, e não parou mais.

Historicamente, seu nome está fortemente ligado à DC Comics, por criações como Sgt. Rock e o trabalho com o Gavião Negro na Era de Prata. Além desses, emprestou seu estilo clássico às ilustrações da série do Tarzan e foi destacado para desenhar uma HQ do Tex também, algo raro para artistas não-residentes na Europa.
Mais do que o efeito de seu estilo, o impacto da sua arte, Joe deixou duas marcas irremovíveis nos quadrinhos norte-americanos, duas heranças que vão perpetuar o kubert way of art: seus filhos, Andy e Adam Kubert e sua escola, a Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art. Além de Adam e Andy, foram alunos da escola Scott Kolins, Alex Maleev e Rags Morales, para citar alguns.

Pra quem acha que pode ser pouco o trabalho de Joe para a história dos comics gringos (só podia ser leitor do MdM pra pensar uma coisa dessas), Kubert figura simplesmente nos maiores halls da fama da Indústria (o Jack Kirby Hall of Fame e o Will Eisner Comic Book Hall of Fame).
Enfim, uma notícia triste para quem curte a arte dos quadrinhos. Entretanto, as pessoas morrem e, nesse meio, o da arte, permanece uma vantagem: o trabalho permanece para sempre. Ainda mais alguém do quilate de Joe Kubert. Que seu corpo descanse em paz, porque a nossa memória não deixará sua arte dormir.