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Revista O Tico-Tico online pela Biblioteca nacional

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É o Brasil finalmente dando passos na direção de reconstruir sua história com os quadrinhos.

O Universo HQ divulgou que a Biblioteca nacional digitalizou mais de 1800 exemplares da revista O Tico-Tico para leitura online. É a oportunidade para os apreciadores dos quadrinhos e principalmente da história dos quadrinhos nacionais.

Para quem não sabe, O Tico-Tico foi, em 1905, a primeira revista a publicar quadrinhos de forma regular. Embora não fosse, de fato, uma revista DE quadrinhos (porque publicava diversas formas de expressão cultural e artística, especialmente literatura), eles tinham um espaço generoso, principalmente porque naquela época os quadrinhos eram um formato em ascensão no Brasil, desde o início no século XIX com as histórias produzidas por Ângelo Agostino para os jornais da época. Um pedaço importantíssimo do nosso país agora resgatado. A Biblioteca Nacional ainda não disponibilizou nenhum link, mas disse que os exemplares devem estar disponíveis durante esta semana.

Bem, recebo essa notícia com grande satisfação; como pesquisador de quadrinhos, em especial, nos últimos anos, dos quadrinhos brasileiros, sei o quanto o Brasil ignora e enterra seu passado, especialmente quando o assunto é HQs, e ter isso disponibilizado para o grande público é um enorme avanço.

Só para dar um exemplo, Gibi, a revista que foi tão popular que seu nome se tornou sinônimo de histórias em quadrinhos (e usado até hoje), foi publicada por Roberto Marinho, que só é lembrado por sua contribuição ao jornalismo impresso e televisivo (ok, admito que, na verdade, Adolfo Aizen é provavelmente um nome bem maior do que Marinho em termos de contribuição para o mercado de quadrinhos brasileiro, mas quis apenas exemplificar o quanto nosso passado com relação às Hqs é ignorada, mesmo quando grandes nomes fizeram parte dele)

Este resgate, junto com outras iniciativas, como a republicação das aventuras do Garra Cinzenta pela Conrad, mostram como os quadrinhos brasileiros vivem um bom momento em que começam a ser valorizados, não só por seu formato, mas por sua contribuição para a história do nosso país.



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