
A Panini colocando os novos títulos da DC nas bancas (ou quase isso) e eu comprando. Daí você pergunta: é porque tá valendo a pena ou é só mais uma demonstração do meu notório desapego ao dinheiro?
Pra não ficar fazendo reviews exteeeeeeensos de uma caralhada de revista, esse "A gente lemos" vai ser curtinho sobre cada título.
Ah, nunca é demais avisar, alguns títulos, nem eu tive coragem de comprar. É o caso de Novos Titãs e Superboy; DC Apresenta: Desafiador e Esquadrão Suicida e Aves de Rapina. As novas revistas Edge e Dark eu ainda não comprei, mas pretendo.
Os Novos 52: Superman #1
(Contém: Superman #1/2011; Supergirl #1/2011 e Action Comics #1/2011. 84 páginas, R$ 6,60)

Mix coerente e até divertido. Mesmo que o Superman do George Pérez não seja nada de especial, e seja ainda cedo demais pra falar da Supergirl, a revista é boazinha sim. O destaque óbvio é o Superman Comunistinha de Faculdade do Morrison, com a arte, que eu acho foda bagaray, do Trapos Morales
Nota: 7
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Os Novos 52: Universo DC #1
(Contém: Aquaman #1/2011; The Savage Hawkman #1/2011; O.M.A.C. #1/2011; The Fury of Firestorm #1/2011; Mr. Terrific #1/2011; Black Hawks #1/2011 e Wonder Woman #1/2011. 156 páginas, R$ 16,90)

Aqui temos a face mais negra, digo, afrobrasileira dos mixes. Por conta de duas revistas gringas boas (Aquaman - deusquemeperdoepordizerisso e Wonder Woman), você tem de engolir séries que são, na melhor das hipóteses, da média pra baixo. Savage Hawkman, por exemplo, se fosse colocado num mix só com revistas boas até passaria, mas dividindo espaço com o novo Neymarhulk da DC (OMAC, que só faltou dizer "OMAC esmaga!"), o doloroso Nuculear de Gail Simone e Ethan Van Sciver (que escreve tão bem quanto desenha) e o bobinho Sr. Incrível... Sem contar dos Falcões Negros que não mostraram a que vieram, quer dizer, mostrar assim, mostraram, mas eu espero que o grupo seja mais do que uns Comandos em Ação de roupa preta...
Nota: 5 (pra fazer caridade)
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Os Novos 52: A Sombra do Batman #1
(Contém: Batman and Robin #1/2011; Batwing #1; Batgirl #1/2011; Catwoman #1/2011; Red Hood and The Outlaws #1; Nightwing #1/2011 e Batwoman #1/2011. 148 páginas, R$ 14,90)

Diferente da sua outra irmãzinha de lombada quadrada (a Universo DC) a Sombra do Batman, ainda que não apresente um mix maravilhoso, consegue trazer poucas bombas e mais materiais medianos. As bombas? Capuz Vermelho e os Renegados (claro) e Batgirl, da Gail Simone, que eu não consegui ler até o fim (Hum... Por que será?). Batwing, Asa Noturna e, pasmem, Mulher Gato trouxeram começos promissores (mesmo com a arte mangazeira desta última), sendo que justamente o Asa Noturna se apresentou como a revista de trama mais fraquinha entre as três. Ah, na revista da Mulher Gato a gente fica sabendo que o Bátema, além de eunuco, ainda sofre de ejaculação precoce(?), porque quando "dá o cutuco" (aham, sei...) na Mulher Gato, nem dá tempo deles tirarem todo o uniforme que já acabou. No fim, Batman e Robin (de J. Tomasi e Patrick Gleason) e Batwoman (de J. H. Williams III e Haden Blackman) têm a obrigação de segurar a peteca da publicação.
Nota: 7
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Os Novos 52: Liga da Justiça #1
(Contém: Justice League #1/2011; Captain Atom #1/2011 e Justice League International #1/2011. 68 páginas, R$ 5,90)

Pra mim, uma das maiores decepções não só em termos de mix, mas no reboot como um todo. A Liga de Johns e Lee, que eu já apontei aqui antes, começa bem xexelenta. O Capitão Átomo... Pelo amor de deus, fizeram um Spawn nuclear, é isso mesmo produção? Pra fechar, a JLI não traz nada de novo. Nada, nada, nada. Uma história boba até o talo, com piadas óbvias e sem pegada.
Nota: 3 (só porque eu gostei - um pouco - do desenho da HQ do Capitão)
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Os Novos 52: Lanterna Verde #1
(Contém: Green Lantern #1/2011; Green Lantern Corps #1/2011 e Green Lantern: New Guardians #1/2011. 68 páginas, R$ 5,90)

O mix mais racional de todos, todos, TODOS! E até que a revista não faz feio. Johns e Peter Tomasi seguem à frente dos títulos que cuidavam antes (Lanterna Verde e Tropa dos Lanternas Verdes, respectivamente), só trocando os artistas. Como eu gosto muito do Doug Mahnke, acho que a Tropa perdeu mais com a saída do Gleason do que a revista solo do Lanterna perdeu com a saída do Ivan e sua turma. Enfim, os dois títulos começam com histórias de começo sem começar, daí não dá pra dizer muita coisa - só que achei meio preguiçosa a fórmula fixa que Tomasi usou na sua revista. Já a série "Os Novos Guardiões", mesmo sendo com o Kyle Rayner (que eu gosto) tem uma premissa besta e um desenho amador pra cacete.
Nota: 8
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Os Novos 52: Flash #1
(Contém: The Flash #1/2011; Green Arrow #1/2011 e Deathstroke #1/2011. 68 páginas, R$ 5,90)

Quem me conhece sabe que eu não sou nem um pouco simpático ao retorno de Barry Allen, mas tenho que confessar que o novo gibi do Flash começa bem. Francis Manapul entrega uma revista com um roteiro interessante e uma arte muito legal. E isso é uma pena. Porque o mix é simplesmente uma merda! O Arqueiro Verde de J.T. Krul é vergonhoso, com diálogos dignos dos filmes mais trash escritos pelo Loeb nos anos 80 (Arqueiro diz: "Pois é... eu tenho vários brinquedos. Mas não sou de brincadeira." e outras pérolas nesse nível), que só serve pra desperdiçar a arte clássica do Dan Jurgens (que conta com a arte-final do George Pérez!). Quanto ao Exterminador... Cara... Aquela espadona de mangá... Me desculpem. Eu não tive coragem de ler.
Nota: 4 (só o Flash pontua)
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Os Novos 52: Batman #1
(Contém: Batman #1/2011; Detective Comics #1/2011 e Batman: The Dark Knight #1/2011. 68 páginas, R$ 5,90)

Outra que eu não consegui ler até o fim.ATUALIZADO: Antes deste post entrar no ar eu consegui ler o resto da revista. Desculpem, mas eu comecei a leitura de Batman: TDK TRÊS vezes e me distraí ou até dormi. Tudo é ruim, principalmente a arte do Finch, que me faz achar que o colorista pintou errado o Cavaleiro da Lua. No final das contas, meu esforço para enfim ler a história foi inútil. Uma baita bobagem sem graça, com pinta de arremedo dos games atuais da Morcega. A história escrita pelo Snyder parece interessante, mas a HQ de Tony S. Daniel em Detective Comics á uma bobagem sem tamanho, indigna sequer da menção. Se o mix fosse Batman, Batman e Robin e qualquer uma dessas outras duas aí, até dava pra segurar as pontas, mas...
Nota: 3 (só Snyder pontua)
E, pra fechar, a única edição de distribuição restrita que comprei:
Os Novos 52: Frankenstein, Agente da S.O.M.B.R.A. #1
(Contém: Frankenstein, Agent of S.H.A.D.E. #1 e 2/2011 52 páginas, R$ 6,90)

Sim, meus queridos. A revista mais cara de todas, todas, TODAS! E é um lixo sem conserto. Desenho ruim, trama ruim, tudo ruim. Ridícula a reunião de monstros da Universal que é a S.O.M.B.R.A, ridícula a imitação paiosa do B.R.P.D. de Hellboy (até o anfíbio erudito eles têm), mais ridícula ainda a transformação do Pai Tempo num membro da Umbrella Academy. E eu comprei porque tinha gostado do Frank em Se7e Soldados... Êh, mas pobre vive mesmo é de ilusão!
Nota: 0
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E aí, negada, e aí? Bem, como bons sabedores de matemática que somos, façamos as contas das notas para obtermos uma média (3 vezes 45, noves fora, escorrega dois...): média 5. E você, garotinho juvenil que de se-se-se-segunda a sexta estuda na escola, sába-sábado e domigo solta pipa e joga bola, sabe que com uma média cinco não dá pra passar (tem gente que dá assim mesmo), e os Novos 52 da Panini, até o momento, tomaram recuperação. Mês que vem eu volto com os segundos números de algumas séries. Ou não. Vai que alguma boa alma me dá um IPad de presente de casamento?
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