
Pois é, nerdaiada maldita... Direto brincamos aqui com essa espécie de leinatural da indústria do entretenimento de sempre matar as cotas raciais primeiro, seja em filmes, séries ou HQs...
Quando mataram o Peter Parker Ultimate e colocaram no seu lugar um cara chamado Miles Morales, que por falta de uma, preenchia DUAS cotas raciais (Ele é negro e latino) muita gente viu ali uma possibilidade de termos um personagem de origem étnica ganhando um papel de destaque nos comics do mainstream...
E aí sai a capa de Spider-Men #4 e o que temos nela?

Peter Parker segurando um falecido Miles Morales!!! AHEUAHEAUEHAEUAHE!
Bem, pode ser que ele não morra, afinal isso é só a capa safada de mais um crossover safado... Aliás, Axel Folley Alonso deu uma entrevista pro Newsarama comentado o encontro ente os dois Homens-Aranha.
Segundo o cabra a idéia do cross foi de Michael Bendis, e que eles ficaram animados com a possibilidade de promover um encontro entre os dois universos e com o Homem-Aranha justamente no ano em que o Cabeça de Teia comemora seu aniversário de 50 anos.
Esta é uma pequena história, centrada em dois personagens de grande importância para seus respectivos universos, um dos quais se tornou um grande ícone, e outro que ganhou grande identificação dos fãs e do público em geral, e mostra evidências de que ele pode se tornar um grande ícone também.
Alonso também diz que a história ganhou proporções e que certamente os eventos ocorridos nela vão ecoar pelos dois universos, provocando mudanças em ambos os personagens... E sobre a "quebra da regra" de fazer o Ultiverso cruzar com o 616 ele disse o seguinte:
Eu odeio regras. Especialmente no que diz respeito ao processo criativo. Eu acho que existem padrões que você segue, como regras gramaticais, de sintaxe, regras para páginas de quadrinhos, composição, proporção... Mas eu nunca fui partidário de argumentos do tipo: "Nós nunca faremos isso."
Podemos fazer qualquer coisa, mas antes temos que ter bons motivos para fazer o que fazemos. Temos de ter controle sobre a situação, temos de nos sentir bem com isso.
Não estamos interessado em simplesmente estampar nomes conhecidos e personagens populares numa capa para ganhar dinheiro fácil, a nossa responsabilidade é antes de tudo fazer com que a história significa alguma coisa!
O que eu acho? caras, numa boa, esse discurso do Alonso pode até ser bonito e tals... talvez ele até acredite mesmo nisso... Mas é só olhar pra indústria das HQs nesses últimos 10 ou 15 anos pra vermos que esse ideal de pensar primeiro no valor da história do que na bufunfa que ela vai arrecadar já caiu por terra.
A DC mesmo admitiu publicamente isso, e definiu suas novas regras de funcionamento com base única e exclusivamente no retorno financeiro... Se está vendendo continua e vira referência, se não está é cancelado!
E assim ficamos a mercê de uma massa semi-letrada e cabeça de vento que consome quadrinho pueril no afã de seus hormônios, se ligando em porradaria sem sentido e apelações gratuítas... Já o quadrinho de boa qualidade vai perdendo cada vez mais seu espaço nas grandes editoras.
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