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Top MDM: 14,5 Melhores Tokusatsu Exibidos no Brasil - Parte 1

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Reuni neste Top alguns dos melhores seriados de heróis japoneses que marcaram a televisão brasileira, na minha opinião.



Chamados tokusatsus, eles costumam ser divididos nas seguintes categotias: Família Ultra, Gyodai Hero, Metal Hero, Super Sentai, Kamen Rider e Other Hero (ou Henshin Hero).
Exclui da lista as séries da Família Ultra (eles são um caso um parte e já falei um pouco sobre eles aqui), algumas séries mais antigas que eu não peguei nem reprise como Vingadores do Espaço e Robô Gigante, além do último tokusatsu exibido no Brasil, Ryukendo, que eu não consegui acompanhar na Rede TV!

ATENÇÃO: Essa é a primeira parte do Top.




14 - Guerreiro Dimensional Spielvan



Gênero: Metal Hero
Ano de Produção: 1986 a 1987

Quando o Planeta Clean foi destruído pela Império Water, Kenji Sony e Diana são duas crianças que sobreviveram vagando pelo espaço em animação suspensa durante 12 anos na nave Defender até chegarem ao novo alvo de Water: a Terra, devido a sua grande quantidade de água limpa. Pra isso eles se transformam em Spielvan e Lady Diana.

Spielvan (conhecido como Jaspion 2 no Brasil)foi uma tentativa radical da Toei de salvar o gênero Metal Hero após o fracasso de Jaspion no Japão. Pra isso eles mergulharam fundo no drama e na ficção científica se afastando da fantasia da série anterior, promoveram a típica assistente do herói (tipo a Anri do Jaspion) ao papel de parceira de combate e chamaram de volta o astro Hiroshi Watari (que tinha feito muito sucesso como Sharivan e quase roubou a cena do Jaspion como Boomerman) O resultado geral é que acabou sendo um fracasso maior ainda.

Mas Spielvan é uma boa série com vários elementos interessantes, como o fato do pai e da irmã do herói, Helen e Professor Paul, serem respectivamente transformados nos vilões Lady Helen e Professor Bio, a lâmina dupla da espada laser do Spielvan (alguém aí pensou no Darth Maul?) e a caracterização mais humana de um protagonista Metal Hero até então. Com honrosa excessão do Gaban e sua busca pelo pai (embora isso nunca tornasse a série pesada), Sharivan e Sheider eram mais cumpridores do seu dever e Jaspion era um garotão imaturo cujo passado de órfão foi apenas arranhado em dois episódios. Spielvan era um cara amargurado cuja frase mais marcante (quiçá a melhor de todos os heróis tokusatsu) era:

"Meu ódio irá destruí-lo."


Entretanto, não dá pra negar que o desenrolar da série é bem chato, mesmo que tivesse suas boas hsitórias. Isso porque tirando poucos episódios, como os que envolvem a transformação de Helen até que ela vire outra parceira de luta do Spielvan mudando de armadura (a vermelha era bem melhor) e os finais, era difícil criar "gancho" entre um episódio e outro. Muitos vilões, como o próprio Professor Bio e o General Deslock, também careciam de mais carisma. A excessão foi o Imperador Guiotini (um dos poucos atores norte-americanos a trabalhar num tokusatsu) que infelizmente pouco apareceu na série.

Apesar de que o mistério envolvendo o Senhor Water, o "Deus" do Império, e a Rainha Pandora também despertasse interesse. Ele era na verdade uma espécie de engodo criado por ela para enganar seus aliados e Pandora por sua vez era uma espécie de Estrela-Do-Mar que evoluiu para a forma humana. Por isso a água da Terra era tão importante para a vilã. Havia uma mensagem ecológica em Spielvan que ficou meio perdida nos percalços narrativos do desenrolar da trama.

Mas os grandes problemas da série estão no fato de que os roteiristas simplesmente não seguraram a onda. Ao contrário de Sharivan por exemplo, que era transportado para o "mundo da alucinação", o próprio Spielvan girava um botão da armadura e transportava a si mesmo e a todo exército Water para a Pedreira da Toei (o cenário mais famoso dos tokusatsu e que curiosamente NÃO PERTENCIA A TOEI). Detalhe que as casas e pessoas da cidade não iam junto.

O final da série é um dos mais bizarros. Após a destruição de Water, Spielvan, Diana e Helen retornam para o Planeta Clean intacto como estava antes e reencontram todos os seus pais vivos e bem assim como todos os habitantes. A "explicação" é que Clean era na verdade a Terra do Futuro. Destruindo Water no passado (a Terra) isso signica que ele nunca atacaria o futuro (Clean)... O final é tão besta que ignora coisas básicas, como Water ter vindo para o passado só após destruir o futuro ou o fato do Professor Paul aparecer normal do nada, ou ainda Spielvan, Helen e Diana não serem crianças e sim terem quase a mesma idade dos pais. Uma merda...

Dizem que quando Hiroshi Watari esteve no Brasil perguntaram isso e o ator respondeu que nem ele entendeu o final!






13 - Trilogia dos Detetives Espaciais Space Cop Gaban (Gyaban/Gavan)/Sharivan - O Guardião do Espaço/Space Cop Sheider




Gênero: Metal Hero
Ano de Produção: 1982 a 1985

Quando a Organização Criminosa Makku, que espalha o terror em vários planetas, ataca a Terra, a União da Polícia Galáctica envia o oficial Takeshi Ichijoji, mais conhecido como Detetive Espacial Gaban. Anos antes seu pai havia sido sequestrado por Makuu, o que torna o conflito pessoal. Fortemente inspirada em Star Wars, a série foi pioneira do Metal Hero e tornou o ator Kenji Ohba num grande astro no Japão, com direito a participações especiais em outros seriados como Jiraya (roubando e vestindo a armadura olímpica do Toha!) e até no cinema (como o assistente careca de Hattori Hanzo em Kill Bill).

No decorrer da série Gaban conhece, enfrenta e no fim se torna amigo de um guarda florestal do Planeta Igan, Den Iga. Mais tarde Den se sacrifica para salvar o amigo. Para evitar que ele morra, Gaban o envia para ser curado pela ciência da Estrela Bird. Lá ele recebe um treinamento especial tornando-se o Detetive Espacial Sharivan (e chamado pela garotada do Brasil de "O Jaspion Vermelho" quando a Record exibiu as duas séries juntas). Após ajudar Gaban na batalha final contra Makku, ele ganharia série própria onde enfrentaria outra organização que queria atacar a Terra, a Mad, ajudado pelo agora Capitão Gaban. Era Hiroshi Watari ascendendo dentro de uma série para estrelar outra, trajetória semelhante a que faria novamente em Jaspion e Spielvan.

A terceira e última série dos Detetives Espaciais era protagonizada por Dai Sawamura, Detetive Espacial Shaider, enfrentando o Império Mágico Fuuma. Particularmente eu achava meio estranho quando algumas dessas séries misturavam mágica com tecnologia. O ator que interpretava o herói, Hirsohi Tsubaraya, faleceu de câncer no fígado em 2001.

Todas as três séries puxavam bastante pro lado infantil. Era comum ver criancinhas fazendo amizade com os heróis ou coisas como Mimi, a assistente de Gaban, se transformando num passarinho australiano para vigiar o inimigo. Provavelmente o momento mais forte da trilogia é o resgate do pai de Gaban e sua morte logo a seguir. Na época havia uma preocupação em explicar como herói e vilões iam parar na Pedreira, criando-se então uma espécie de teletransporte, que foi ignorado no Jaspion, voltou de forma vergonhosa em Spielvan e daí em diante foi esquecido pelos demais heróis Metal Hero.

Nota-se uma melhora na produção dos efeitos e figurinos de Gaban pra Sharivan, mas a nave do primeiro na forma de um dragão era esteticamente bem melhor que a de seus sucessores, especialmente a do Sharivan que era feia pra caramba. Shaider fez menos sucesso que os anteriores o que motivou a criação de séries "fora" do Universo dos Detetives Espaciais. Pelo menos na minha opinião, as três séries, que foram estrondoso sucesso no Japão dos anos 80, não envelheceram muito bem, especialmente com aquele narrador chato explicando cada detalhe de cada coisa que acontecia. As participações do narrador eram maciças em Gaban, ficaram mais econômicas em Sharivan e Shaider e a partir de Jaspion diminuíram bastante.










12 - Trilogia (?) Esquadrão Especial Winspector/Super Equipe de Resgate Solbrain



Gênero: Metal Hero
Ano de Produção: 1990 a 1992

Comandados pelo Chefe Masaki ( Hiroshi Myiaushi, bastante conhecido no Japão por seus papéis em séries Super Sentai e Kamen Rider), o Esquadrão Especial Winspector investigava os crimes mais bizarros, realizava os mais fantásticos resgates e enfrentava criminosos do mundo moderno, geralmente cientistas loucos. A equipe era formada por Liuma Ogawa, que vestia uma armadura adotando o codinome de Fire, e os robôs gêmeos e apelos cômicos Biker e Highter, além da policial Junko Fujino.

Quando sua equipe se muda para ir trabalhar na França, Masaki monta a Super Equipe de Resgate Solbrain formada por Daiki Nishio, que usava a armadura de Sol Braver, Reiko Higuchi, que usava a armadura de Sol Jeanne (sim! Dessa vez a mulher recebeu uma armadura!), o robô e apelo cômico Sol Dozer e o policial Jun Masuda (que era o idiota da equipe e ficou sem armadura). No meio da série Liuma, Biker e Highter retornam e depois Liuma se torna sozinho um membro fixo dessa nova equipe, o Knight Fire.

Inclusive o episódio do primeiro encontro entre Solbrain e Winspector é pra mim o melhor das duas séries, uma aventura dividida em partes sobre um funcionário que queria se vingar de um laboratório que transformou seu corpo numa bomba humana. Essa episódio pareceu uma resposta a muitos críticos que preferiam o líder Liuma, mais durão, a Daiki, mais sentimental. O final da história é emocionante e uma das melhores cenas de tokusatsu.

Infelizmente, nem sempre isso era uma regra. Tanto Winspector quanto Solbrain, embora o primeiro fosse mais criativo, pegaram a onda de séries policias que vinham fazendo sucesso, especialmente com Jiban. Eles diferiam bastante de demais Metal Hero por não enfrentarem nenhum grande inimigo ou grande organização e por quase não haver ligação entre os episódios. Também não tinham grandes poderes do espaço sideral e as ameaças eram, guardadas as devidas proporções, mais realistas. Por isso eu acabava sentindo falta de uma "grande saga", como o público se acostumou a ver no gênero. A excessão foi o vilão Takaoka, que surge mais no final de Solbrain para destruí-los.

Também era inevitável ao público brasileiro a comparação com Cybercops, de tema semelhante e que, mesmo com produção mais barata, obtinha um resultado muito superior. Curiosamente, o Chefe Masaki fez uma terceira equipe numa série inédita no Brasil (pois a Manchete que exibiu as anteiores já tinha falido) Exceedraft. Solbrain também ficou marcado pelo episódio em que o Esquadrão enfrentou o fantasma de uma carrasca nazista, o que causou bastante polêmica por mostrar em cena a suástica e citações a Hitler e a doutrina nazista.












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