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A gente lemos: Duo.tone

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Uai, uma hora eu tinha de começar a falar das HQ's que comprei no FIQ, né?


Se bem que Duo.tone, do Cafaggi Brother Vitor foi comprada (se bem que ainda não paguei) depois do FIQ, na reunião pós-evento lá na Gibiteca. Sabe aquela parada de "os últimos serão os primeiros"? Então.

Em Duo.tone, revista que o Vitor Cafaggi (de Punny Parker, MSP50, Pequenos Heróis, etc, etc, etc) lança de maneira independente, somos apresentados a duas histórias (sacou? "Duo") independentes entre si.



Na primeira, o menino Tim está se mudando. Vai deixar, a contragosto, a casa na fazenda, os amigos e as aventuras de lá, para se mudar com a família para a cidade grande. Na segunda história, Yoshio acaba tendo o seu sábado transformado completamente após um inesperado momento meio "Alice no País das Maravilhas".

Eu espero que isso não vire um estereótipo, nem faça de Vitor Cafaggi um autor mono tom, mas ele é um cara que sabe trabalhar a afetividade das histórias, seja a trama simples que for. Veja bem, nós sabemos disso. Punny Parker era, da primeira à última instância, uma história de afeto, uma história de amor. Eu não li, mas minha filha número 3,5 leu e disse que Valente, a tira que ele vem publicando no Globo também transita sobre isso, mas com várias diferenças.



Em Tim, a primeira história de Duo.tone, ele mostra de novo que sabe trabalhar com afeto, com carinho, mas que não precisa ser o amor romântico necessariamente. Tim é uma história de amor. Do amor de um menino pelo seu mundo, pelas suas vivências, pelo cachorro de estimação - um verdadeiro companheiro de aventuras (não, não estou falando do Toddynho) e que tem de abrir mão de tudo isso. E como tal, poderia facilmente desbancar pra o pastiche, para a pieguice. Mas não vai pra esse rumo, e é onde Vitor demonstra o seu know-how sobre o assunto. Tim é uma história sensível, com passagens realmente emocionantes, mas sem ser melosa, sem parecer coisa de novela. Parece coisa de criança, parece verdadeiro - e acaba sendo.

No outro córner, Yoshio é uma história de aventura meio surreal. Até por ser bem mais curta que a história anterior, tem menos significados implícitos, passa uma mensagem, mas parece mesmo mais dedicada a ser divertida. Quase sem balões, Yoshio não está aí pra emocionar, está para brincar mesmo, contar uma historinha curta, quase uma piada, um conto de mesa de bar, sobre um garoto que um dia seguiu um robôzinho pela rua - tipo Alice e o sempre atrasado Coelho Branco - e disso acabou redimindo Godzilla e metade de seus parentes de seus ataques contra a humanidade.



No fim, Duo.tone é um álbum bacana de se ter. Bacana de emprestar a quem não tem por hábito ler HQ's, porque é simples, curto e tocante. É um álbum bacana para você que já é puta velha na nona arte, porque pode ter se esquecido que nem todas as histórias precisam de quinhentas zil páginas para serem contadas, nem de estarem divididas em trocentos gibis mensais para chegarem até o fim. Tem vez que a gente esquece disso, né?


Duo.tone, de Vitor Cafaggi. Publicação independente, 40 páginas, R$12,00.


Nota: 7

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