Bom, o movimento Occupy Wall Street (que vem se seguindo não só nos EUA, mas em outros lugares também, como na Inglaterra) não parece ser apenas uma moda passageira, ao que tudo indica, e está tendo seu reflexo também nos quadrinhos.
Depois de gente como Mark Millar, Frank Miller e Alan Moore se pronunciarem a respeito (quem é amigo do artista Stephen Bissette no Facebook sabe que ele é um dos maiores divulgadores do movimento também), agora o movimento terá sua própria leva de HQs.
O que acontece é que um cara (não sei dizer ao certo quem), que é um ativista do movimento e que trabalha com diversas mídias de entretenimento teve a ideia de criar Occupy Comics como uma forma de promover o movimento com histórias inspiradas/baseadas/relacionadas.
Bom, até aí nada de realmente surpreendente, já que usar as mídias disponíveis para divulgar o movimento não é realmente uma novidade. Agora saquem só quem são os cabras que se dispuseram a participar do projeto:
Charlie Adlard (The Walking Dead)
Marc Andreyko (Manhunter)
Susie Cagle (Notes on Conflict, arrested at Occupy Oakland)
Kevin Colden (I Rule the Night, Grimm's Fairy Tales)
Molly Crabapple (Dr. Sketchy's)
Tyler Crook (Petrograd, B.P.R.D.)
J.M. DeMatteis (Justice League, Spider-Man, Imaginalis)
Joshua Dysart (Swamp Thing, The Unknown Soldier)
Zoetica Ebb (Biorequiem)
Joshua Hale Fialkov (I Vampire, Tumor)
Brea Grant (We Will Bury You, Suicide Girls)
Zane Grant (We Will Bury You, Suicide Girls)
Joe Keatinge (Hell Yeah, Glory, Brutal)
Ales Kot (upcoming projects w/ Image Comics & DC Ent)
George Krstic (Star Wars: The Clone Wars, Megas XLR)
Joseph Michael Linsner (Dawn)
Patrick Meaney (Grant Morrison: Talking With Gods)
Mark L. Miller (Luna, Nanny & Hank)
Caleb Monroe (Batman: Fearless, Hunter's Fortune)
B. Clay Moore (Hawaiian Dick, Superman Confidential)
Jerem Morrow (Drive-In Horrorshow, Kingdom Suicide)
Amancay Nahuelpan-Bustamante (Hijos de P)
Steve Niles (30 Days of Night, Batman: Gotham County Line)
Laurie Penny (Penny Red)
Matt Pizzolo (Godkiller)
Steve Rolston (Ghost Projekt, Queen & Country)
Riley Rossmo (Proof, Cowboy Ninja Viking)
Douglas Rushkoff (Testament, media theorist)
Tim Seeley (Hack/Slash, Witchblade)
Simon Spurrier (2000 AD, X-Men: Curse of the Mutants)
Ben Templesmith (30 Days of Night, Fell)
Ronald Wimberly (MF GRIMM: Sentences)
Mike Cavallaro (Parade (with fireworks), Life & Times of Savior 28)
Vito Delsante (Superman, FCHS)
Troy Dye (Shrek, Puss in Boots, The Goblin Chronicles)
Jenny "Devildoll" Gonzalez-Blitz (Coffin Factory art collective)
Joe Harris (Ghost Projekt, Spontaneous)
Tom Kelesides (Shrek, Puss in Boots, The Goblin Chronicles)
Jonathan Swifty Lang (Feeding Ground)
Mark Sable (Two Face: Year One, Rift Raiders, Unthinkable)
Salgood Sam (Dream Life, RevolveR One, Revolution on the Planet of the Apes)
Anna Wieszczyk (Godkiller, Lucid)
Dan Goldman (Shooting War, 08: A Graphic Diary of the Campaign Trail)
Amanda Palmer (The Dresden Dolls)
Darick Robertson (Transmetropolitan, The Boys)
Mike Allred (Madman)
Shannon Wheeler (Too Much Coffee Man)
Eric Drooker (Flood!)
Ryan Ottley (Invincible)
Dean Haspiel (American Splendor)
Guy Denning (pintor)
David Lloyd (V For Vendetta, designer of the now iconic Guy Fawkes mask)
Alan Moore (V For Vendetta, Watchmen, Batman: The Killing Joke, League of Extraordinary Gentlemen, From Hell)
E provavelmente mais se juntarão à "causa". Mas vocês devem estar se perguntando se esse pessoal vai fazer tudo de graça, não é? Bom, sim e não. Parece que os caras estão arrecadando fundos com camisetas e outros para bancar os autores, mas quando estes forem pagos, o dinheiro será retornado integralmente em prol do movimento.
Bão, eu achei esse projeto meio complicado de entender, na verdade. Acho que ele deveria ser simplificado para que o pessoal pudesse sacar realmente qual o objetivo prático disso e, caso sejam simpatizantes do movimento, possam contribuir.
Até que não saiam detalhes mais específicos das HQs em si, não dá pra dizer se vale a pena comprar ou não. Embora eu simpatize com o movimento, eu compraria estas HQs mais pela curiosidade artística do que pelo ativismo social. Afinal, duvido que seja pior do que o que a DC e a Marvel publicam atualmente (rrrratinho-ooo).
Interessante isso que o movimento está fazendo, de finalmente serem pró-ativos e lutar por seus direitos. A grande pergunta é: Será que depois que começar a aparecer camisetas, quadrinhos, games e filmes sobre o protesto e os caras encherem o rabo de dinheiro, eles vão continuar protestando? Se continuarem, vão ser chamados de oportunistas por ganharem dinheiro pra caralho e continuar protestando por falta de dinheiro? E se não continuarem vão ser chamados de oportunistas por terem criado um movimento apenas para ganhar dinheiro?
Maldito mundo moderno...
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