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Locadora do Falecido apresenta: Era Uma Vez no Oeste

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Ok, macacada... Todo mundo pra trás agora que o tiro vai comer agora! Se você é um fedelho criado a leite de pera e ovomaltino se prepare pra virar homem (ou não), pois você assistirá um dos filmes mais fodas de todos os tempos!



Sérgio Leone, o diretor italiano muito conhecido pelos seus filmes de faroeste e de uma grande parceria com Clint Eastwood estava cansado em 1966, e planejava mudar de ares e tinha se convencido a não mais fazer filmes de faroeste... Tanto que o diretor recusou uma proposta pra um faroeste pela United Artists com um elenco que contava no nada menos que Charlton Heston, Kirk Douglas e Rock Hudson...

Mas a Paramount jogou pesado, pediu pro diretor fazer um novo filme do gênero e lhe garantiram que Henry Fonda estaria no elenco... Fonda era o ator preferido de Leone e ele nunca tinha conseguido trabalhar com ele em toda a sua carreira, ele prontamente aceitou.

Leone chamou seus amigos Bernardo Bertolucci e Dario Argento e começaram a trabalhar num roteiro que fosse basicamente uma grande homenagem aos maiores faroestes americanos até então... eles passaram um ano inteiro revendo filmes como High Noon, The Iron Horse, The Comancheros e The Searchers e em 1967 surgiu o roteiro de Era uma vez no Oeste.

A história era básica, mostrava um fazendeiro contratando um pistoleiro pra expulsar uma mulher de sua terra, que era a única fonte de água da região e que seria muito valorizada com a contrução da ferrovia, que chegaria ali na região brevemente...

Nesse interim um pistoleiro misterioso persegue o matador contratado pelo fazendeiro, atrás de sua vingança pessoal.

Com um elenco fodão que tinha além de Henry Fonda, Charles Bronson, Jason Robards e a tetéia da Cláudia Cardinalle, curtam aí esse filmaço lançado em 1968:



Entre as curiosidades do filme, saibam que Henry Fonda não queria fazer o filme, mas acabou convencido pessoalmente por Sergio Leone, que viajou até os EUA com uma cópia do roteiro e convenceu o ator após ler a cena em que seu personagem atirava numa CRIANÇA!!! Algo nunca visto num filme americano até então.

Clint Eastwood foi a primeira opção pro papel do "gaita", mas ele recusou, alegando que também estava cansado de fazer westerns (engraçado que fez mais uns 10 depois disso), James Coburn foi chamado, mas pediu um cachê muito alto...

Leone então convocou Charles Bronson pro papel, e ele aceitou... Estranhamente Bronson era a primeira opção pro papel do "Estranho sem nome", personagem que consagrou Clint Eastwood nos filmes Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito mas também recusou o papel na época do primeiro filme, pois estava fazendo um filme de guerra chamado Fugindo do Inferno, ao lado de Steve McQueen e James Coburn, na época.

Pra variar, Era Uma Vez no Oeste foi um fracasso de crítica e público nos EUA, o estilo de direção de Leone nesse filme, completamente diferente do seus filmes habituais, com um ritmo mais lento com cenas de grandes planos, intercaladas com closes quase perturbadores e com a trilha sonora em evidência (de Ennio Morricone), dessa vez Leone se aproximava muito mais dos filmes de arte de Akira Kurosawa do que nos westerns típicos de dirtetores como John Houston.

Obóviamente que os americanos não estavam preparados pra ver um filme assim que ia construindo cada personagem aos poucos, dando pequenas pistas de seus passados e motivações, sem deixar claro quem são os heróis e bandidos da história... eles queriam simplesmente ver o mocinho matar o bandido, sem complexidade de persoangens, sem dilemas morais e sem "embromação"...

Já na Europa a recepção foi completamente diferente, e o filme foi aclamado como um dos maiores faroestes de todos os tempos. Isso fez com que a crítica americana revisionasse sua posição... ainda mais depois de diretores como Martin Scorsese, John Carpenter, John Milius e Baz Luhrmann terem dito que Era Uma Vez no Oeste tinha lhes infuenciado em muito suas visões como cineastas.

O filme então acabou sendo reconhecido como uma grande obra de arte, e em 2009 o National Film Registry selecionou Era Uma Vez no Oeste como uma obra culturalmente, historicamente e esteticamente significativa, e desde então ela entrou no seu acervo de preservação permanente.

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