
Bom, finalmente a Panini lançou a fase do Superman do Straczynski, desenhada pelo nosso amigo Eddy Barrows.
Estava bem curioso para dar uma checada nessa fase, principalmente porque gosto muito do Straczynski e principalmente porque esse arco foi duramente criticado lá fora pelos fãs.

Durante uma coletiva de imprensa com o Super, em que ele estava dando mais detalhes do que aconteceu, uma mulher apareceu do nada, deu um tapão na cara dele, e falou que o marido dela morreu em uma situação que o Super poderia ter evitado, mas não o fez porque estava em nova Krypton, e não na Terra.
Isso acaba pegando o Super de surpresa. Com tantas sagas interplanetárias e ameaças alienígenas - fora o tempo todo em Nova Krypton - ele perdeu o contato com os problemas mudanos, com o povo norte-americano e com as pequenas coisas. E ao conversar com o Batman e com o Flash, ele percebe que isso virou comum entre os Super-Heróis.
Em um diálogo com o Flash, Wally nem vê mais o que está passando por ele enquanto está em supervelocidade. Em um diálogo com o Batman, o morcego conseguiu aperfeiçoar o telescópio da Liga da Justiça para áreas cada vez menores, mas não a ponto de analisar os pequenos problemas das pessoas.
Ou sejE, todos os herois estão muito focados no MACRO, quando o MICRO, de tão pequeno e aparentemente irrelevante, perde a atenção dos super-heróis. O tapa da mulher que perdeu o marido serviu como uma caratse para o Super. É como se ele estivesse acordado.
Agora, o Superman decidiu sair andando por aí resolvendo pequenos problemas, desde consertar o motor de um carro até salvar uma garota suicida só na base do papo.
Com isso, os leitores do Super lá dos EUA ficaram revoltados.
Como o Superman não estaria lutando com o Darkseid?
Como o Superman não está impedindo uma ameaça alienígena?
Como o Superman está se preocupando com problemas comuns?

Sabe, estamos sempre criticando as editoras por investirem em uma mega saga atrás da outra. Toda hora tem uma mini de 7 edições que se alastra por todas as edições mensais, semore com uma grande batalha que vai mudar o universo para sempre!
E aí, quando alguém finalmente propõe algo diferente (e muito interessante e bem escrito) nego cai de pau.
Não aceita.
Quer ver algo grandioso.
Quer ver batalhas épicas.
Quando o salvamento do Superman da garota que vai se matar é muito mais interessante que todas as últimas mega sagas que ele participou.
Sabe, na época que eu lia quadrinhos quando moleque, era muito mais fácil ver hisorias como essas. Despretenciosas, divertidas e puxadas mais para um lado emocional.
São dessas histórias que eu sempre vou me lembrar. Histórias como o Garoto que Colecionava Aranha.

Ou o "crossover" do Fortão (o Guido do X-Factor) com o Calvin:

Ou aquele arco do Demolidor sobre racismo, onde ele perdia a memória e pensava que era seu pai, Jack Murdoch. Ou até mesmo os arcos du Lanterna e do Arqueiro, onde eles largavam as invasões alienígenas para cuidar de problemas mundanos.

Estou gostando muito desse arco do Superman.
Não é um clássico e está longe de ser. Mas é algo diferente. É uma história boa, com excelentes diálogos e com desenhos arrebatadores. Eddy Barrows está perfeito.
Uma pena que alguns leitores não curtem esse tipo de história. Eles só buscam coisas que o Superman acaba de perceber nesse arco de história que não são sempre essenciais. De vez em quando é importante nos reconectarmos às pequenas coisas da vida.
Nota 8
Formato americano (17 x 26)
76 páginas.
Papel Pisa Brite.
R$ 6,50.
Distribuição nacional.
Capa couché.
(Superman 700-701)
Ofertas: Capa para BlackBerry Curve 8900, Capa Silicone para BlackBerry Bold 9000
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