Bom, todos vocês sabem que Mickey Rourke interpretou o Chicote Negro no segundo filme do Homem de Ferro. E parece que agora o ator cospe no prato que comeu.
O que acontece é que, conversando sobre o filme Immortals, Mickey Rourke meteu o pau (eita!) na Marvel Studios pela forma como eles editaram sua performance no filme e como trataram o diretor Jon Favreau. Segue o que o cabra disse para o Superhero Hype:
Eu tentei encontrar momentos onde [o vilão] não é tão o cara mau clichezento, mas foi difícil. Foi só o trabalhar para a Marvel e quebrar as bolas do Favreau e querer apenas um vilão unidimensional. A performance e todas as coisas que eu tentei trazer para o filme acabaram no chão. Isso pode acarretar em você não se importar muito. Não querer se esforçar para tentar e fazer um vilão inteligente ou um vilão que possui justificativa para suas intenções.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a Marvel tem problemas com atores que brigam por causa da edição dos seus filmes. Edward Norton foi outro que teve barracos bem conhecidos na mídia por não gostar do jeito que estavam tratando o filme do Hulk, e no fim das contas o ator acabou saindo da franquia do personagem. Será que foi isso o que aconteceu com Jon Favreau?
Bão, especulações à parte, realmente o Chicote Negro parece ter dado uma descrecida gradual em sua personalidade do início do filme para o fim, com momentos em que ele parecia louco, outras calculista. Na época, atribuí isso à tentativa de fazer do Chicote Negro uma espécie de Coringa do Homem de Ferro, fazendo o herói lidar com um cara tão inteligente quanto ele, mas imprevisível. Parece que não foi esse o caso.
Mas é estranho a Marvel ser acusada de querer vilões unidimensionais em seus filmes quando ele é largamente conhecida justamente por não estabelecer uma linha tão clara entre heróis e vilões e ter em sua galeria um rol de grandes antagonistas que têm a simpatia do público justamente por não serem unidimensionais. Mas, se pararmos para pensar que os filmes da Marvel precisam atingir o público médio americano (que, como todo bom ocidental, não conseguem viver sem a velha dicotomia bem/mal), até que faz sentido. Pena que façam isso em detrimento de uma boa história.
Mas o que realmente importa é que lembrar do Chicote Negro me lembra do nome original em inglês (Whiplash), que me lembra de Metallica:
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